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Plano estratégico para Torres Novas é “politicamente demagogo” e “eleitoralista”

Plano estratégico para Torres Novas é “politicamente demagogo” e “eleitoralista”

CDU critica documento e acusa município de não o discutir com a comunidade local
O plano estratégico que encerra os projectos que a Câmara de Torres Novas pretende candidatar ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) é “uma ficção”, “politicamente demagogo” e com “uma forte componente eleitoralista”, na opinião da concelhia da CDU. Os elementos da coligação liderada pelo PCP salientaram, numa conferência de imprensa realizada sexta-feira, que a maioria socialista “lançou para o ar” o valor de 100 milhões de euros de investimentos a realizar no âmbito do QREN – que vai vigorar até 2013 - para “vender a ideia” à população, considerando que serão poucos os projectos efectivamente concretizáveis. “Em nossa opinião avançará a construção dos novos centros educativos e pouco mais”.Apelidando o documento feito por Augusto Mateus como um “arrazoado de projectos, descritos em economês, de difícil percepção e com um discurso circular”, a CDU de Torres Novas critica a câmara de ter “gasto 45 mil euros num trabalho que não traz nada de novo”, adiantando que o plano “é um embrulho para vestir algumas obras e dar-lhes um aspecto mais atraente”.A CDU diz ainda que a maioria dos projectos apresentados está feita de “forma avulsa” e dá o exemplo do projecto para a recuperação do centro histórico da cidade. “Dos 100 mil euros de investimentos programados neste plano não há um único cêntimo para a recuperação dos centros históricos de Torres Novas e Lapas, há apenas umas frases bonitas sobre eles, apenas algumas ideias”. Mas sem dinheiro não há ideias que avancem e os responsáveis da Coligação Democrática Unitária estão convictos que também não será com o plano encomendado a Augusto Mateus que aqueles centros históricos serão recuperados. Pelo contrário, acusam, a câmara vai hipotecar o futuro financeiro do concelho na construção de museus. “Em Junho apresentámos à câmara uma ideia para a edificação da casa da literatura de Maria Lamas, até lhe dissemos onde estava o espólio. Mas parece que são mais valorizados projectos culturais que pouco ou nada têm a ver com Torres Novas”, como o caso do museu de Alfredo Keil.Lembrando o trabalho que têm feito no terreno, nomeadamente através das jornadas autárquicas, os responsáveis da CDU dizem “ter autoridade moral, mais até que o próprio partido que está no poder”, para falar sobre as propostas apresentadas. E lamentam que a maioria socialista não tenha incluído nenhuma das propostas que apresentaram para “enriquecer” o documento não tenham sido incluídas. “Não sabemos o que vai acontecer às nossas propostas, que tinham tanto direito de ser discutidas como as outras”, referem, salientando que a câmara “foi avessa” a uma discussão pública sobre o plano. “A maioria socialista vai apresentar com pompa e circunstância ao povo um projecto que deveria ter sido discutido pela comunidade torrejana”.
Plano estratégico para Torres Novas é “politicamente demagogo” e “eleitoralista”

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