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Há muita gente a aderir à oferta cultural do novo museu da cidade

Há muita gente a aderir à oferta cultural do novo museu da cidade

Museu do Neo-Realismo foi inaugurado há dois meses e já tem público fiel

Os serões no novo museu do neo-realismo de Vila Franca de Xira já têm um público fiel. Gente sedenta de cultura que assegura que o espaço não foi construído ao acaso.

“As sessões que se realizam todas as semanas no museu do Neo-realismo são a prova de que esta não foi uma obra feita ao acaso só para termos mais um museu no concelho. Os responsáveis do museu têm colocado à disposição da população uma grande variedade cultural. Só não tira partido deste grandioso projecto quem não quiser. Tenho aprendido aqui muito”. Quem o afirma é José Fernando Ribeiro, natural de Vila Franca de Xira que, até hoje, ainda não perdeu uma única sessão promovida pelo museu. Desde a sua inauguração, em Outubro deste ano, o mais recente museu vilafranquense tem feito um esforço para dinamizar o seu espaço trazendo figuras conhecidas do meio literário e artístico português. E a verdade é que parece ter conseguido.José Pacheco Pereira, Rui Vieira Nery, Maria Barroso, José Mário Branco, Alípio de Freitas, Fernando Pinto do Amaral e Jorge Silva Melo são algumas das várias personalidades que o Museu do Neo-realismo convidou até agora de forma a dinamizar o novo espaço.Além das sessões de debate e colóquios o museu tem diversas exposições abertas ao público, nomeadamente, “Batalha pelo Conteúdo – Movimento Neo-Realista Português”, “Uma arte do Povo, pelo Povo e para o Povo - Neo-Realismo e Artes Plásticas”, “Sonhando para os outros” de Arquimedes da Silva Santos, entre outras.Sentada na segunda fila do auditório de 96 lugares, Ana Maria Gomes não perde uma sessão. Poeta desde muito jovem é uma apaixonada pela cultura e vibra com as sessões a que tem assistido. “Estes debates são muito enriquecedores do ponto de vista cultural. Vivi muito o movimento neo-realista que em Vila Franca conheceu muitos poetas. Também fiz muita poesia e escrevia o que me ia na alma numa época em que quase tudo era proibido. Neste museu recordo esses tempos”, afirma.António Constantino, 50 anos, é outra habitual presença no novo espaço cultural da cidade ribeirinha. Residente no Bom Retiro, Vila Franca de Xira, António Constantino lamenta o facto de haver pouca participação de jovens. “É uma pena que não venham mais jovens assistir aos debates e colóquios para perceberem como a vida era diferente há 40 anos. Existe uma troca de experiências muito interessante”, garante, afirmando ainda que a homenagem a Zeca Afonso foi a sessão que mais o agradou.Para Celeste Figueira, 32 anos, as idas ao Museu do Neo-realismo são uma forma de descontrair da agitação da semana e também uma forma de aprender. “Não vivi o tempos da ditadura nem do nascimento do movimento neo-realista mas sempre me interessei por História, sobretudo História de Portugal. Os colóquios são uma excelente forma de adquirir conhecimentos através de pessoas que viveram a época do neo-realismo”, refere.
Há muita gente a aderir à oferta cultural do novo museu da cidade

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