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Isabel Alves

27 anos, empresária e professora, Azambuja

As pessoas hoje em dia não querem trabalho, querem emprego. Um estatuto... É muito mais fino dizer que se trabalha num escritório, que se trabalha numa empresa como administrativo, do que dizer que se suja as mãos ou que se fica a cheirar mal. O português é vaidoso por natureza...

Em altura de festas prepara algum prato especial?Gosto de cozinhar, mas são receitas de cabeça. O meu livro de receitas é a minha mãe (risos)... Às vezes também invento. O que costuma oferecer quando recebe amigos lá em casa?Sou muito petisqueira... Faço a tradicional linguiça assada, moelas, pipis... É o que mais gosto. E como bons ribatejanos os meus amigos apreciam...Hoje em dia continua a valer a pena investir num curso superior?Sou mais apologista de que as pessoas fiquem preparadas para o mercado de trabalho. Não propriamente pelo canudo. Até porque hoje em dia as coisas não estão muito boas. Pegamos num jornal e vemos o nível de desemprego que existe. Se formos ver as pessoas que vêm de outros países, pessoas licenciadas, muitas vezes médicos, estão a fazer coisas que não têm nada a ver com a formação que têm.A taxa de desemprego é verdadeira ou as pessoas é que não se sujeitam a qualquer coisa?As pessoas hoje em dia não querem trabalho querem emprego. Um estatuto... É muito mais fino dizer que se trabalha num escritório, que se trabalha numa empresa como administrativo, que dizer que se suja as mãos ou que se fica a cheirar mal. O português é vaidoso por natureza...Abriu uma loja por sua conta. É difícil em Portugal ser empreendedor? É difícil porque acarreta custos muito elevados. As burocracias acabam por ser um entrave e nós acabamos por gastar muito mais que aquilo que inicialmente planeámos. E a vida do comércio está muito complicada. Principalmente do comércio tradicional. É difícil fazer concorrência a grandes superfícies comerciais que vendem malas a cinco euros... Se queremos qualidade não conseguimos esse preço...Tem algum livro da sua vida?Gostei muito de um livro que li no Secundário e que reli mais tarde. “Look Back in Anger” de John Osborne. É um livro que na adolescência é bom para quem gosta de pensar na vida e fazer uma introspecção em relação às coisas que já se passaram. E se tivesse oportunidade de escrever um livro que tema escolheria?Nunca pensei nisso, mas de certeza que o faria apenas lá para os meus 60 anos.. Arriscaria uma retrospectiva sobre o que foi a minha vida. Como às vezes dizemos na gíria: “A minha vida dava uma telenovela”... Qual o sítio ideal para a passagem de ano?Casa... o aconchego do lar. Mas confesso que preferia ir à Madeira ou aos Açores. Ir para fora cá dentro e fazer algo de diferente. Não sinto necessidade de ir para o estrangeiro. Há tanta coisa para conhecer no nosso país...

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