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Vitória Clube de Santarém um clube formado por gente jovem que se quer impor pela diferença e amadorismo

Vitória Clube de Santarém um clube formado por gente jovem que se quer impor pela diferença e amadorismo

Oficializado há três anos já movimenta seis dezenas de atletas

Da rivalidade existente nos jogos que se disputavam entre os jovens das ruas Salgueiro Maia e Florbela Espanca, no Bairro do Alto Bexiga, Santarém, nasceu, em 2005 o Vitória Clube de Santarém, um clube jovem que se solidificou, cresceu e movimenta já seis dezenas de atletas.

Durante cerca de dez anos, entre 1995 e 2005, a juventude das ruas Salgueiro Maia e Florbela Espanca, no Bairro do Bexiga, em Santarém, disputava assiduamente “grandes” jogos de futebol, umas vezes no campo da Escola Agrária outras num terreno perto das duas ruas, a que chamavam “picadeiro”. “Eram jogos disputados a sério”, diz Paulo Domingues, que é o presidente do Vitória Clube de Santarém.Foi desses jogos e dessa rivalidade, que algumas vezes atingiu níveis bem elevados, que começou a germinar a ideia de formar um clube com bases e oficializado. “Durante cerca de dez anos isso foi um sonho, principalmente da rapaziada da rua de cima, a Rua Salgueiro Maia, que foi passando a ideia aos seus amigos da Rua Florbela Espanca, quando se reuniam no café”, diz Paulo Domingues.Com o passar dos anos, a rivalidade entre os dois grupos foi diminuindo, e novos adversários foram surgindo. Pouco a pouco, foi-se edificando um conceito de “clube”. Um clube sem sede, sem campo, sem órgãos sociais, sem estrutura, sem elementos vinculados por contrato. “Havia, isso sim, contratos de amizade e cumplicidade, que, aliados a uma mentalidade ambiciosa e ganhadora, ajudaram a marcar a diferença em relação aos adversários”, acrescentou o dirigente.Em 2003, surge na vida destes jovens o Café Tic Tac, estabelecimento gerido por gente sensível à importância capital que o desporto tem na vida dos jovens, e que, em dois anos, forneceu mais apoios a este grupo, que já se intitulava “Vitória Clube de Santarém”, do que todos os outros o haviam feito em conjunto nos restantes oito anos. Esse apoio moral e financeiro, dispensado também por António Pardelhas, um apaixonado pelo futebol que sempre se dedicou esta causa a título individual, atinge agora o seu expoente máximo nesta fase histórica da vida do clube, ao serem garantidas condições para que o Vitória Clube de Santarém se possa finalmente dar a conhecer a nível oficial. O dia 11 de Agosto de 2005 assinala o momento histórico em que Paulo Domingues, António Pardelhas, Sérgio Fernandes e Miguel Santos fundam um novo clube: o Vitória Clube de Santarém.O primeiro ano da vida do clube foi um ano de aprendizagem, marcado por algumas dificuldades naturais com as quais os jovens dirigentes se tiveram de deparar, mas, em suma, o balanço final só pode ser positivo. Cimentou-se a imagem do Vitória e foram criados alicerces que asseguram a sua longevidade. Ao fim de um ano, já perto dos 200 associados, o clube encontra-se, novamente, numa fase de renovação e de mudança, sempre tendo em vista uma evolução gradual e sustentada, e nunca atendendo somente a interesses de ordem pessoal.Começou por ser um clube de bairro, que rapidamente se tornou um clube da cidade de Santarém. Um clube que movimenta cerca de seis dezenas de atletas, nas modalidades de Futsal, masculino e feminino, Pesca e BTT. Um clube que tem como principal objectivo a curto prazo encontrar um espaço onde possa ter uma sede social. “Neste momento a direcção e as secções reúnem no Café Tic Tac, mas precisamos de um espaço para a sede, já falámos com a junta de freguesia e com a câmara, que prometeram ajudar-nos mas não está fácil arranjar um espaço”, garantiu Paulo Domingues.Outra das dificuldades do clube, que os dirigentes gostavam de ver colmatada é a das deslocações. “Precisamos de um meio de transporte, em todas as deslocações utilizamos carros próprios de atletas e dirigentes, precisamos de uma carrinha de nove lugares, estamos a lutar por isso, mas ainda não temos condições para avançar para a compra. Temos que ter os pés bem assentes no chão, não podemos nem queremos entrar em loucuras, vamos aos poucos”, referiu o presidente.A nível desportivo as equipas de futsal disputam os campeonatos distritais da segunda divisão, a pesca está desenvolver-se, já está filiada na associação, e até tem um pescador de nível nacional. No BTT existe um grupo que está a trabalhar para fazer a sua filiação na associação. “O clube está a mexer e a expandir-se, é já uma referência na cidade de Santarém”, disse Paulo Domingues.“Queremos apostar cada vez mais na formação, mas não é fácil, porque nos faltam espaços para trabalhar, os pavilhões da cidade estão superlotados, os horários para treinos são disputados ao segundo, e por muito que queiramos não é possível ir muito mais além do que vamos”, garantiu o presidente do Vitória Clube de Santarém, que se considerou orgulhoso do clube que representa com dignidade a cidade de Santarém.
Vitória Clube de Santarém um clube formado por gente jovem que se quer impor pela diferença e amadorismo

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