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Municípios devem 457 mil euros em quotas à Comunidade Urbana do Médio Tejo

Situação está a causar alguma contestação entre algumas das autarquias associadas
Os municípios que integram a Comunidade Urbana do Médio Tejo (CUMT) devem 457 mil euros de quotas em atraso. Não há uma única autarquia que tenha as contas em dia mas o facto de algumas não pagarem a quota mensal há mais de um ano está a levantar grande celeuma entre as câmaras que se têm esforçado para não se atrasar com os pagamentos. Ainda mais numa altura em que a junta e a assembleia da CUMT já aprovaram um aumento exponencial do valor das contribuições autárquicas para 2008 (ver texto nesta edição).“Enquanto o assunto do aumento das quotas não for aclarado e as dívidas não forem pagas não transferimos mais nenhum dinheiro para a comunidade”. A posição do município de Constância, assumida pelo presidente António Mendes (CDU), é clara e diz bem do descontentamento que reina no seio da CUMT.Só a Câmara do Sardoal, uma das que tem uma quotização de menor valor – ronda os três mil euros mensais - deve à comunidade 83 mil euros, sendo mesmo a que regista maior dívida. Na lista “negra”, o segundo lugar do pódio vai para o município de Torres Novas, devedor em 80 mil euros, seguindo-se a alguma distância a Câmara de Tomar, com 57 mil euros.O município da Barquinha deve 56 mil euros, o de Mação 46 mil euros e o de Alcanena 36 mil euros. Abrantes tem uma dívida de 30 mil euros, o Entroncamento soma já 23 mil euros e Ferreira do Zêzere dez mil euros. Constância é o município que menos deve – seis mil euros, correspondentes a um atraso de dois meses. Ourém, que apesar de até agora ter estado integrada na Área Metropolitana de Leiria faz as candidaturas e recebe os financiamentos comunitários através da CUMT, também paga quotização, tendo actualmente uma dívida de 26 mil euros. São valores arredondados que, no total, somam uma dívida apurada, no final de Novembro, de 457.500 euros.A atitude de “deixa andar” por parte de algumas autarquias não é aceitável por parte dos municípios mais cumpridores. “Apesar de relativamente baixo em comparação com outros municípios o valor da quotização mensal faz-nos falta para outras coisas”, considera o vereador da Câmara de Constância António Pratas (CDU), adiantando que uma câmara grande, com mais receitas próprias, tem maior facilidade em pagar a sua quota que os municípios mais pequenos. António Pratas ressalva ainda, perante o actual panorama de incumprimento, a insensatez que é o aumento exponencial do valor das quotas para 2008, cuja subida ronda os 40 por cento. E dá exemplo da sua autarquia que, à luz da recente aprovação do aumento vai passar a pagar 4066 euros mensais, contra os actuais 2752 euros. Um acréscimo de 46 por cento.

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