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José Inácio

22 anos, empregado de balcão, Vila Franca de Xira
“Nas grandes superfícies é tudo mais prático, mas eu prefiro o comércio tradicional. Numa cidade como Vila Franca as pessoas conhecem-se. É uma relação diferente de proximidade que não se encontra nas grandes superfícies. Compreende-se perfeitamente porque há muita gente a entrar e a sair. No comércio tradicional já não é assim. E dá mais gosto ir a lojinha da Tia Antónia...”A cidade tem ofertas suficientes para os jovens?O que existe é sempre insuficiente... Mas há realmente uma falta de eventos, espectáculos para os jovens. Vila Franca tem a sua noite, os seus bares, mas a maior parte dos jovens prefere ir para Lisboa. É isso que também estamos a tentar mudar aqui no Ateneu Artístico Vilafranquense... Temos uns projectos novos com concertos de rock à mistura. Está tudo muito virado para as pessoas mais velhas. É tudo muito pesado e formal. Queremos dar um ar mais leve ao Ateneu.A taxa de desemprego é real ou as pessoas não se sujeitam a qualquer coisa?Acho que temos que arriscar apesar de às vezes as condições não serem as melhores. Quem não arrisca não petisca. Há muito quem se acomode. Mas as pessoas querem um emprego, mas também querem condições. Não vão trabalhar à borla. Mas é verdade que quem quer trabalhar vê-se aflito. O custo de vida está a aumentar e os salários não. Só os cafés e o tabaco...O segurança colocado na estação de Vila Franca resolveu o problema da insegurança?O problema foi pelo menos minimizado. Há um senhor que passa ali o dia a dizer para as pessoas passarem ou não passarem... Estava a caminho da escola quando se deu o último acidente que vitimou a jovem. Também confesso que acho estranho que tenha que registar-se um acidente para as pessoas fazerem qualquer coisa. Existem outras soluções, espero, para resolver o problema da insegurança. Se pudesse escolher em que país viveria?Se calhar optaria pela Finlândia, mas sou suspeito porque a minha mãe é finlandesa. Já lá fui em visita várias vezes e adoro aquele país. A minha irmã, que trabalhava cá como secretária, foi para lá trabalhar como jardineira e ganhar o dobro. Logo por aí é uma boa opção, mas não só. Está tudo melhor estruturado e organizado. Tem infra-estruturas bem concebidas. Mesmo a nível governamental existem apoios para os jovens que aqui são muito escassos. Seria uma hipótese bastante viável.Para as compras prefere o comércio tradicional ou grandes superfícies?Acho que têm os dois as suas vantagens. Nas grandes superfícies é tudo mais prático, mas eu prefiro o comércio tradicional. Numa cidade como Vila Franca as pessoas conhecem-se. É uma relação diferente de proximidade que não se encontra nas grandes superfícies. Compreende-se perfeitamente porque há muita gente a entrar e a sair. No comércio tradicional já não é assim. E dá mais gosto ir a lojinha da Tia Antónia...Qual é o seu livro de cabeceira?Harry Potter, o último. Já li todos os outros e adorei. Gosto muito deste tipo de literatura. Deixo-me levar pela magia, pela forma como a autora escreve. A pessoa olha para uma simples folha de papel e é transportada para um outro universo. Férias na praia ou no campo?Normalmente vou acampar. As condições são diferentes, mas o espírito de quem acampa é mesmo esse. Se o mundo acabasse amanhã?Se acabasse o mundo amanhã sei pelo menos uma coisa que faria: tomava uma bela refeição. E de preferência portuguesa... Um bifinho de vaca bem passado.

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