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Golfe pode tornar-se grande atracção turística do Ribatejo

Golfe pode tornar-se grande atracção turística do Ribatejo

A curto prazo poderão existir na região mais de vinte campos para praticar modalidade
O golfe pode, a curto prazo, vir a tornar-se a grande atracção turística do Ribatejo, região que tem tido no turismo aventura, nos cavalos e na gastronomia os produtos que mais atraem turistas, essencialmente nacionais. Carlos Abreu, presidente da Região de Turismo do Ribatejo (RTR), disse que a integração desta zona numa “mega-região com oferta muito mais diversificada” vai obrigar a que o Ribatejo surja como complemento a Lisboa e à Costa do Estoril.“O distrito de Santarém pode ser o local privilegiado para a expansão do turismo em toda esta região, nomeadamente nos campos de golfe, de que o Estoril está já saturado e que aqui têm ainda terrenos a bom preço para se instalarem”, disse. A curto prazo, toda esta região terá “mais de 20 campos de golfe a funcionar”, sobretudo na área entre Azambuja e Rio Maior, agora libertada das condicionantes que estavam colocadas pela possibilidade do novo aeroporto de Lisboa ser construído na Ota.Com o novo aeroporto a ser implantado nos concelhos de Benavente e Montijo, a região torna-se ainda mais apetecida para receber o turismo vocacionado para o golfe, que gosta de “fazer rotação por pelo menos três campos”, disse. Na área actualmente abrangida pela RTR existem quatro campos de golfe, três dos quais no concelho de Benavente e outro no de Rio Maior, estando mais previstos, afirmou.Já o presidente da Região de Turismo dos Templários (RTT), Jorge Neves, que há seis anos lidera esta estrutura, defende que Tomar deve continuar a apostar no turismo “patrimonial” e lutar para que este se afirme. “Quando a região passar a ser dirigida por Lisboa, ficará pouco espaço de manobra para as outras cidades. Vai ser necessária uma luta constante para afirmação”, disse Jorge Neves à agência Lusa.Declarando-se perfeitamente consciente da “mais valia” que representa o património da região abrangida pela RTT, Jorge Neves disse acreditar que a estratégia de criação de um percurso “patrimonial”, ligando Alcobaça, Batalha e Tomar se irá manter, apesar de passarem a integrar estruturas diferentes.Carlos Abreu, que promete abandonar o cargo que exerce há 22 anos à frente da RTR quando cessar funções na futura comissão instaladora da nova região de turismo, disse acreditar que Santarém irá ficar com a sede desta estrutura. A futura região de turismo vai abranger os concelhos dos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém, sendo este o que possui maior número de municípios.A RTR abrange 14 dos 21 concelhos do distrito de Santarém, estando os restantes na Região de Turismo dos Templários, à excepção de Rio Maior, actualmente na Região de Turismo do Oeste, e de Ourém, na Região de Turismo de Leiria/Fátima, que passarão também para a nova estrutura.Além de cinco concelhos do distrito de Santarém, a RTT integra ainda Vila de Rei, Sertã e Oleiros, do distrito de Castelo Branco. Jorge Neves afirmou que o número de dormidas na região estabilizou desde 2005, ano em que teve um crescimento de dois dígitos, rondando as 120.000 dormidas, essencialmente em Tomar. Contudo, disse, tem-se vindo a registar um crescimento no turismo em espaço rural.Para Carlos Abreu, o turismo ribatejano tem enfermado da “falta de formação dos empresários”, decorrendo os afluxos turísticos, essencialmente nacionais, de eventos que se realizam em períodos específicos em vários concelhos, na maior parte ligados à gastronomia.Resultam também de iniciativas no âmbito do turismo aventura, sobretudo em Salvaterra de Magos (passeios de barco no Tejo) e Vila Nova da Barquinha (viagens de balão), e ligadas ao cavalo. Nesta área destaca o trabalho desenvolvido pela Companhia das Lezírias, em Benavente, e pela Golegã, “capital do cavalo”, com fluxos de turistas estrangeiros que só se repetem em Abrantes, devido a estágios de equipas atraídas pelas estruturas desportivas criadas neste concelho. Abrantes e Santarém continuam a ser, no seu entender, concelhos muito deficitários em termos de oferta hoteleira. Apesar das condicionantes apontadas, Carlos Abreu afirmou que em 2007 houve um acréscimo de visitantes na área abrangida pela RTR.
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