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Duplicação de militantes

Se as eleições para a secção do Cartaxo tivessem sido em Dezembro como queria a Federação Distrital, muitos dos novos militantes não poderiam votar.O Secretariado da Federação Distrital de Santarém aceitou a nossa opção. E não vale a pena estar a tentar conotar os militantes que entraram com o Paulo Caldas ou com o Pedro Ribeiro. O que é importante é que foi dada a oportunidade a um conjunto de pessoas, de serem eleitas e de poderem eleger. Fazer militantes para um partido numa altura em que há muito descrédito na política e os partidos têm pouca credibilidade, não é uma tarefa fácil. Isto é muito importante.Se é importante não se percebe porque ficou tão incomodado quando, em Julho do ano passado descobriu que havia 27 novos militantes para a secção do Cartaxo, cujas inscrições tinham sido entregues directamente na sede nacional do PS em Lisboa.Não é uma questão de satisfação ou não. Foi uma questão de surpresa. Os novos militantes, por norma, são apresentados à secção concelhia. E eu fiquei a saber por Lisboa que eles tinham sido propostos lá pelo ex-vereador Augusto Parreira, pela Elvira Tristão, pelo Paulo Jarego e pelo próprio Pedro Ribeiro. Mas essas fichas vieram para cá e todas as inscrições foram aprovadas. Eu fui um defensor de que fossem aprovados os novos militantes. Era um orgulho o PS estar a crescer.Agora o orgulho passou a super orgulho. O numero de militantes da secção mais que duplicou desde então. O que faz uma boa guerra interna?!! Já são a maior secção do Partido Socialista no distrito de Santarém?Neste momento estamos a falar de cerca de 270 militantes o que significa que somos a terceira maior concelhia. Mas desde que sou presidente da concelhia tem havido um aumento de militantes. Em 2002 houve um processo de refiliação e apesar de nessas alturas haver sempre quebras, nós conseguimos superar o número de militantes existente. Recordo-me que éramos cerca de 130. Mas o conflito provocou um “boom”.Estas novas entradas vão permitir que o partido possa olhar para o futuro com outros olhos. E não se pode dar o caso de muitos destes militantes só terem aparecido agora, para votar, e a seguir às eleições voltarem a desinteressar-se da política?Eu acredito que estes novos militantes se vão manter e acredito que iremos continuar a crescer. A candidatura do Pedro Ribeiro começa por ter efeitos positivos na renovação do partido e as eleições ainda nem se realizaram. Um ponto a favor dele. O dr. Pedro Ribeiro, o Augusto Parreira e a Elvira Tristão, gostam muito de dizer isso. Mas eles não pensam em termos de futuro. Estão virados para o passado. Estão mais interessados num ajuste de contas. Pensam apenas em vinganças pessoais. Querem de alguma forma dividir e enfraquecer o partido. Isso não pode ser motivo de orgulho. Eu não vejo as coisas assim. É muito bom quando constatamos o equilíbrio em termos geográficos. Quando vemos chegarem as partido muitos jovens e novos valores de todas as idades que vêm reforçar o partido com competência e dar-lhe maior ambição. Nós devemo-nos orgulhar porque o partido melhorou pela perspectiva da força, da união…O ex-presidente da câmara e fundador do PS no Cartaxo, Renato Campos, defende que o presidente da câmara não deve ser presidente da concelhia do partido. Concorda? Nunca houve qualquer confusão do ponto de vista ético ou político entre o meu cargo partidário e o meu cargo autárquico. O primeiro-ministro é secretário-geral do PS e não acho que isso prejudique a sua actividade política. No Cartaxo o partido não é anulado pelo facto de ser poder. Tem uma grande mobilização. Tem actividade própria. Além disso o nosso projecto autárquico ultrapassa em muito as fronteiras do partido. Tem adeptos entre independentes e até entre simpatizantes de outras forças políticas. Em Dezembro o Pedro Ribeiro, em entrevista a O MIRANTE, disse que gostava de ser presidente de câmara, que interpretação faz desta declaração?Não comento.Ele inicialmente começou por dizer que o senhor tinha condições para ser de novo candidato pelo PS.É uma questão de coerência. A confiança da população é a base das eleições. E a pessoa tem que dar provas da sua competência, da sua proximidade com a população. Ser autarca não é fácil. Obriga a uma aproximação, a um diálogo permanentes. Obriga a ter capacidade para ouvir críticas. Um autarca tem que saber dizer que sim e que não. E quem ocupa estes cargos tem que estar desprendido do poder político. O Pedro Ribeiro não está?As pessoas não podem dizer que querem chegar a presidentes de câmara e que para isso vão começar por ser eleitas para presidentes do partido.

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