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Centro Hospitalar do Médio Tejo com défice de quase 20 milhões

Centro Hospitalar do Médio Tejo com défice de quase 20 milhões

Nova administração obrigada a pôr em prática plano de recuperação
O défice do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) atingiu em 2007 um valor provisório de 19,7 milhões de euros, superior em quase seis milhões de euros ao registado em 2006. O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo diz que os valores são insustentáveis e que o plano estratégico de recuperação financeira acordado o ano passado entre a ARS, a administração do centro hospitalar e a Direcção Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo tem de ser implementado no decorrer deste ano. “Se nada se fizer o centro hospitalar vai à falência em dois ou três anos”, adverte António Gomes Branco.O plano de recuperação do CHMT – que agrega os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas - começou a ser implementado no ano passado mas as dificuldades em gerir o dossier levaram à demissão em bloco da anterior administração que, por uma questão de “sentimentalismo geográfico”, não foi capaz de levar o plano em prática. Um plano que prevê a centralização e/ou deslocalização de áreas operacionais da saúde (valências médicas) e serviços de retaguarda (nomeadamente a centralização dos laboratórios de patologia clínica).Perante o cenário de um défice exponencial, a nova administração, nomeada pelo Governo há apenas quatro meses, tem como obrigação estancar o défice pondo em prática o plano de recuperação definido no ano passado. Sem sentimentalismos regionais. E sem prejudicar a qualidade dos serviços prestados aos doentes. “Foram identificadas as áreas onde podem ser tomadas medidas de contenção de despesas e racionalização de meios sem prejuízo da qualidade do serviço”, garante o presidente da ARSLVT.António Branco salienta que uma das “verdades” retiradas de um estudo feito em 2007 é que o custo por doente tratado no Centro Hospitalar do Médio Tejo é muito superior ao que devia. E dá exemplos: “Comparativamente ao mesmo serviço (para o mesmo nível de tratamento e qualidade) prestado em outros hospitais do país, os serviços de nefrologia e cardiologia do CHMT são demasiado caros”, refere.E porque há custos excessivos em vários sectores, a administração do centro hospitalar tem de fazer alterações internas (entre as três unidades) de modo a manter o nível de serviços a custos mais reduzidos. “Há situações internas que terão de ser obrigatoriamente corrigidas, doa a quem doer”, diz, referindo-se a mudanças de pessoal inter-unidades.O presidente da ARS salienta ainda que dos hospitais de gestão empresarial existentes na sua área geográfica de abrangência apenas dois casos “são particularmente problemáticos”. O do Hospital de Setúbal, com grande défice mas em recuperação, e o do Centro Hospitalar do Médio Tejo que, aumentando sistematicamente o défice anual, tem o pior comportamento.
Centro Hospitalar do Médio Tejo com défice de quase 20 milhões

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