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Se os prémios tivessem um nome seria o de Francisco Henriques

Director geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, evocou poeta de Almeirim
Se os prémios Personalidade do Ano que O MIRANTE atribui todos os anos tivessem um nome, era justo que fosse o de Francisco Henriques. Quem o diz é o director-geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio. “Não por ter descoberto a pólvora, não por ter inventado a roda, não por ter sido o campeão de damas, muito menos por ter ganho o Nobel. Simplesmente porque era um exemplo como Homem, como amigo e como criador. Para além de um grande coração tinha um grande espírito. E disso todos sabemos ser raro nos homens nos tempos que correm”. O poeta de Almeirim foi evocado como um símbolo de humanismo e desprendimento das coisas materiais, um poeta da terra, na verdadeira acepção da palavra.  “O que nos reúne aqui é a oportunidade que a região nos dá de publicarmos um jornal com leitores e independente de qualquer tipo de poder que não seja o do mercado. E O MIRANTE já tem vinte anos de percurso. Já são vinte anos de trabalho em prol de uma comunidade. Já conhecemos as cores dos vários poderes mas nunca optamos por seguir uma delas”, disse lembrando que um jornal não deve substituir-se ao Governo do país ou das câmaras ou das juntas de freguesia. “Nem tão pouco deve ser do contra só porque somos a voz dos mais fracos. A fraqueza nem sempre é sinal de virtudes”, realçou lembrando a aposta em edições diferenciadas que estabelecem laços de ligação entre cidades tão diferentes como Tomar e Vila Franca de Xira.O director-geral da empresa acredita no futuro de O MIRANTE e na projecção destes prémios que distinguem o mérito e o trabalho e não são organizados em cima do joelho nem votados segundo preferências pessoais, amiguismos, cor política credo ou clube.“É muito fácil nos dias de hoje prever que a poesia vai desaparecer antes da espécie humana. Talvez o reconhecimento e o amor ao próximo sobrevivam para além da morte da poesia. Talvez os valores da solidariedade e do mérito sobrevivam ao mundo dos infatigáveis fornecedores do pessimismo burguês, dos incansáveis fabricantes de pão insosso, de poesia de pacotilha e de acções do BCP ou da bolsa de Nova Iorque”.Joaquim António Emídio falou também do futuro do jornalismo. Quem acompanha a evolução da indústria ligada ao sector sabe que o actual processo de produzir jornais está condenado. “Vem aí o papel de plástico, o jornal do futuro. E estamos a falar de dez, quinze anos”, sentenciou. Nessa altura o jornal poderá ter apenas uma folha dupla aberta, que pesará mais ou menos 100 gramas, e cujo texto será electrónico e vai mudando durante o dia. E o preço não será muito diferente do preço a que equivale hoje um jornal diário ou semanal.Para justificar mais uma edição da entrega de prémios evocou uma velha história contada por um amigo sábio que dizia que o mais conhecido cientista do mundo, recebedor dos mais afamados prémios internacionais, medalhado e estudado nas mais importantes universidades do mundo, visita de casa das figuras mais ilustres da cultura e da política internacional, “era afinal um homem triste por falta de uma homenagem, da grande homenagem, a homenagem de todas as homenagens que ele gostava de receber e que nunca lhe tinha sido prestada pelas gentes da sua terra, uma pequena aldeia de alguns milhares de habitantes”.

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