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União Desportiva e Recreativa da Zona Alta um clube de bairro que cresceu e é uma das maiores colectividades de Torres Novas

União Desportiva e Recreativa da Zona Alta um clube de bairro que cresceu e é uma das maiores colectividades de Torres Novas

Mais de quatro centenas de atletas a praticar desporto mostram a pujança de um clube que continua a crescer

A União Desportiva e Recreativa da Zona Alta de Torres Novas, começou como um clube de bairro, mas é hoje o maior ou um dos maiores clubes da cidade torrejana. Tem mais de quatrocentos atletas a praticar desporto. Alguns campeões distritais, nacionais e mesmo internacionais. Os seus dirigentes lutam por amor à camisola, e têm como grande reivindicação a construção de uma sede social condigna.

A revolução de 25 de Abril de 1974 trouxe com ela um boom de clubes desportivos. No Bairro de Santo António, no planalto da Cidade de Torres Novas, foram criados três colectividades informais, o GDAZA, O Clube do Malta e uma secção da Comissão de Moradores, que passado pouco tempo se juntaram e criaram uma colectividade oficial, a União Desportiva e Recreativa da Zona Alta (UDRZA). Uma associação que nasceu como clube de bairro e rapidamente se tornou num dos maiores e mais emblemáticos da cidade de Torres Novas.Apesar do seu crescimento o URDZA continua a ser um clube família. “É um clube onde muita gente trabalha com amor à camisola, para dar possibilidade a muitos jovens e menos jovens da cidade de Torres Novas praticarem desporto. “Neste momento movimentamos mais de quatro centenas de atletas, nas modalidades de atletismo, ginástica, basquetebol, karaté, tiro com arco e xadrez”, diz o presidente da direcção, Pedro Morte.O URDZA nasceu sobretudo para abarcar as modalidades que o Clube Desportivo de Torres Novas, não albergasse. “A ideia era não entrar em “guerras”, nem divisões. Era sobretudo fazer o aproveitamento de modalidades de pavilhão e sobretudo no sector feminino”, referiu o director.Sempre servido por dirigentes e técnicos muito competentes, o Zona Alta teve um crescimento muito grande, e sem grandes convulsões. “Os dirigentes aguentam-se muito tempo na direcção, porque não é fácil encontrar novos directores, mas não se cansam de trabalhar pela juventude, porque a formação é a nossa grande meta”, garantiu Pedro Morte.O clube distingue-se também na organização de eventos desportivos, principalmente na área do atletismo e da ginástica. “Isso acontece porque temos dirigentes com grande valor, e quando das provas há sempre muitos sócios empenhados em ajudar-nos”, referiu o presidente.Ao longo de muitos anos o URDZA teve que ultrapassar muitos problemas de espaços para movimentar os atletas, e aí os seus dirigentes não esquecem a forma como foram recebidos na Escola Maria Lamas, que ao longo dos tempos cedeu as suas instalações para ali poderem desenvolver as suas modalidades. Entretanto e depois de muita luta e muita reivindicação, os problemas foram atenuados com a transformação de um dos pavilhões municipais em centro de treino de ginástica. “A ginástica era a modalidade que mais sofria com a falta de instalações, hoje está bem apetrechada e os resultados são bem visíveis”, referiu.Neste momento a maior reivindicação passa pela construção de uma sede condigna. O clube está alojado num pré-fabricado que já não reúne condições para a direcção e para os associados. Há mais de uma dezena de anos, o actual presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, chegou a fazer o lançamento de uma primeira pedra para a construção da sede. “Mas a pedra ficou demasiado funda e a obra nunca floresceu”, diz Pedro Morte.A vasta área de terreno onde está instalado o pré-fabricado que serve de sede, está cedido ao clube por 100 anos, e neste momento existem conversações entre a direcção do URDZA e a Câmara Municipal de Torres Novas para se encontrar uma solução para a construção da sede. “Estamos a trabalhar com seriedade e dedicação, não abdicamos da construção de um ringue descoberto, para que os jovens do bairro possam vir para aqui jogar informalmente, mas estamos a negociar com a autarquia e acredito que a curto prazo possamos ter novidades para dar aos sócios”, referiu Pedro Morte.São precisas verbas importantes para fazer movimentar todas as modalidades e atletas, e Pedro Morte orgulha-se de afirmar que o clube, que tem 550 sócios pagantes e 450 atletas federados, tem a situação financeira controlada. “Temos uma equipa directiva muito forte e unida, que não entra em loucuras, fazemos uma gestão equilibrada, não gastamos um tostão antes de o ter e assim podemos dizer que não devemos mais do que o normal do dia a dia”.Mas Pedro Morte não deixa de referir que os apoios das autarquias são determinantes para que a colectividade continue a desenvolver o seu trabalho, lamenta que tenha para receber mais de 60 mil euros de subsídios em atraso da Câmara Municipal de Torres Novas. “Sabemos das dificuldades da autarquia, mas não tenho dúvida de que se os subsídios que nos foram atribuídos, fossem pagos de certeza que vivíamos bastante melhor”, garantiu.
União Desportiva e Recreativa da Zona Alta um clube de bairro que cresceu e é uma das maiores colectividades de Torres Novas

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