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Homem que raptou e sequestrou a ex-mulher pede perdão e manifesta arrependimento

Ministério Público pediu a sua condenação pelo sofrimento que causou à vítima

A defesa pediu a suspensão da pena tendo em conta que arguido vivia um momento complicado que conseguiu ultrapassar e está reintegrado socialmente.

O Ministério Público de Vila Franca de Xira pediu na terça-feira a condenação de um homem de 43 anos acusado de ter raptado, sequestrado e ameaçado de morte a ex- mulher e mãe das duas filhas. A procuradora pediu também a condenação de dois jovens que colaboraram com o arguido. O empregado de armazém, residente no Sobralinho, manifestou “um profundo arrependimento” e pediu perdão à vítima, às filhas e aos dois homens que envolveu na situação. “Eu estava num momento muito complicado. Passei muitas dificuldades, muita fome e estava sem consciência”, referiu com a voz embargada.A vítima contou ao tribunal que quando regressava a casa foi abordada por dois homens encapuzados, que com recurso a violência, a obrigaram a entrar na carrinha conduzida pelo ex-marido. Os dois cúmplices ataram os pés e mãos da mulher com umas fitas e taparam-lhe a boca para evitar que gritasse por socorro.Os três homens levaram a empregada de balcão, com cerca de 40 anos, para um local próximo da linha do comboio, junto ao parque da Curraleta, em Vila Franca de Xira. Ao longo da viagem a mulher foi agredida por um dos homens que lhe deixou várias marcas nas pernas e na cabeça. O ex- marido ameaçou matá-la com uma faca que exibiu. Depois com a ajuda dos colegas enrolou-a num edredão atado nas pontas. “Fizeram um saco que parecia um chouriço”, explicou a mulher.Os dois homens abandonaram o local. A mulher ficou sem a carteira, os documentos, 15 euros, e o telemóvel. Foi o ex- marido que a libertou e, depois dela ter apelado para que não lhe fizesse mal e ter garantido que não iria apresentar queixa. O arguido levou a vítima à casa onde vivia com as filhas no Sobralinho. Os dois co-autores do rapto, ambos carpinteiros de cofragens, também manifestaram arrependimento e pediram perdão à vítima e familiares. A advogada de defesa de ambos pediu ao colectivo de juízes que na aplicação da pena tivesse em conta que “foi um acto inconsciente” que “não voltarão a praticar” porque são pessoas bem integradas socialmente. “Devem ter uma segunda oportunidade, se for uma pena privativa da liberdade, que seja suspensa na sua execução”, alegou a defensora. A leitura do acórdão está marcada para 25 de Março, às 13h30, no Tribunal de Vila Franca de Xira.

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