César Baixito já passou várias vezes pelos corpos gerentes da colectividade, e tem algumas histórias para contar. Histórias que de certo modo dão uma ideia da forma como as pessoas viviam a sua colectividade. “O Rancho Folclórico é um orgulho para os valecavalenses, nunca parou a sua actividade, é a única secção da sociedade que tem funcionado sempre muito bem”.Mas para isso tem contado com o entusiasmo do grande dinamizador do folclore em Vale de Cavalos, José Maria Fernandes, que é o director da secção. “Infelizmente agora está ausente no estrangeiro, mas continua a acompanhar o que se passa com o grupo. Há mais de 20 anos que é ele que mantém a secção a funcionar”, constatou César Baixito.Mas para se ter uma ideia da forma como os sócios viviam a colectividade, e não gostavam de grandes mudanças está história da decoração da sala por um grupo de jovens que participaram num OTL – Ocupação de Tempos Livres, promovido pelo Instituto da Juventude e dinamizado pela Sociedade Recreativa Valecavalense.A direcção convidou um grupo de jovens para fazer uma investigação sobre alfaias agrícolas da região. Os jovens organizaram-se, escreveram, filmaram e fizeram uma recolha. Conseguiram fazer um bom trabalho. O pior foi no final, quando resolveram apresentar o seu trabalho com uma exposição no salão da colectividade “Como o trabalho era dedicado à agricultura e às alfaias agrícolas, resolveram decorar o salão com uma carroça, algumas alfaias, e para colocar alguns objectos mais pequenos, arranjar uma espécie de escada com fardos de palha. No dia da abertura da exposição foi o bom e o bonito. Os sócios não gostaram de ver os fardos de palha dentro do salão, ficaram indignados, porque para eles aquilo não era nenhum palheiro. Era difícil agradar a toda a gente”, diz agora com graça.César Baixito é um admirador do trabalho que a actual direcção está a fazer e também acredita que a dinamização do desporto na colectividade pode ser importante para continuar a chamar a juventude e mais valcavalenses para a colectividade.