uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Tomar projectada como “uma cidade de serviços” central

Tomar projectada como “uma cidade de serviços” central

Reforçar a articulação entre o centro histórico e a zona nova da cidade, resolver o problema da habitação precária no Flecheiro e valorizar a figura de Lopes Graça são alguns dos aspectos evidenciados no plano “Tomar 2015 – Uma nova agenda urbana”.

“Tomar faliu como cidade industrial mas ressurgiu como uma cidade de serviços e é esta qualidade que deve ser vincada no futuro”, disse Sérgio Barroso, elemento do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU) e responsável pela apresentação do Plano Estratégico de Acção para Tomar que se quer fazer cumprir até 2015. O professor apontou como exemplos o Instituto Politécnico de Tomar e o Hospital Nossa Sra. da Graça, referindo que “Tomar é hoje uma cidade em afirmação, recuperando protagonismo social, cultural, económico e urbanístico, colocando-se numa posição privilegiada de cidade prestadora de serviços para uma vasta área do centro de Portugal”. Sérgio Barroso, que apresentou este plano estratégico no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no dia evocativo da fundação da cidade (1 de Março), criticou a autarquia por não saber aproveitar mais a figura do compositor Lopes-Graça, para se auto-promover. “É preciso que quem chegue a Tomar sinta que está na cidade de Fernando Lopes-Graça. É preciso revalorizar este vulto da cultura portuguesa que aqui nasceu”, disse aos presentes. O professor mencionou ainda o “mau cartão de visita” que a cidade oferece na entrada sul da cidade (Avenida D. Nuno Álvares Pereira), reportando-se às habitações precárias onde vivem algumas famílias ciganas, no Flecheiro. “Sempre que entro em Tomar, confesso que me toca ver aquela degradação habitacional. Uma cidade que se quer projectar como competitiva não se pode deparar com aquele fenómeno de exclusão social”, disse. Pelo que considera “urgente” que se resolva o problema, “tanto na óptica da inclusão social, como da requalificação urbana e ambiental das margens do Rio Nabão. O realojamento da população cigana localizada neste espaço deverá ser uma das acções prioritárias a empreender no futuro próximo”, defendeu.Como unidades estratégicas de Tomar, Sérgio Barroso apontou cinco grandes pontos: o Convento de Cristo/Mata do Sete Montes; o Centro Histórico; a Várzea Grande e zona da Estação; o corredor do Rio Nabão e a cidade nova. O estudo do CEDRU apresenta ainda os pontos fortes e fracos da cidade. E se nos fortes aparecem factores como os planos e projectos desenvolvidos no âmbito do Programa Polis, a presença do politécnico e do hospital distrital em Tomar, o alojamento hoteleiro e restauração de bom nível, nos pontos fracos encontra-se o esvaziamento e envelhecimento populacional do centro histórico, a degradação do parque habitacional e os frequentes congestionamentos de tráfego, com especial incidência na travessia do Nabão. O estudo aponta ainda a necessidade do Terminal Rodoviário de Tomar ser requalificado e considera que se está a acontecer “uma degradação e gestão inadequada da Mata dos Sete Montes”.
Tomar projectada como “uma cidade de serviços” central

Mais Notícias

    A carregar...