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Comunistas elegem nova direcção regional com caso Luísa Mesquita enterrado

A expulsão da militante levou dois presidentes de junta a desfiliarem-se do PCP
O PCP vai eleger dia 19 de Abril em Benavente a nova Direcção da Organização Regional de Santarém (Dorsa), poucos meses após a expulsão de militante da deputada e vereadora Luísa Mesquita que abanou as hostes comunistas na região. Na sequência dessa medida, os presidentes de Junta da Moçarria e da Ribeira de Santarém, que se solidarizaram com Luísa Mesquita, acabaram por abandonar o partido. E Paulo Chora, actualmente assessor da deputada no Parlamento, resignou aos cargos de dirigente regional e concelhio do PCP mas continua filiado, tal como o presidente da Junta de Vaqueiros, outro dos que apoiou Mesquita.“Do ponto de vista partidário o caso está encerrado”, afirmou Octávio Augusto, dirigente da Dorsa, garantindo que não há quaisquer processos disciplinares em curso. Na conferência de imprensa que serviu para a apresentação da oitava assembleia da Organização Regional de Santarém, que está marcada para sábado no Cine-Teatro de Benavente com a presença do secretário-geral do partido Jerónimo de Sousa, o dirigente reconheceu no entanto que há consequências dessa situação que só no futuro podem ser avaliadas.A possibilidade da expulsão de Luísa Mesquita se poder traduzir numa perda de votos, nomeadamente no concelho de Santarém onde a ex-militante é vereadora, Octávio Augusto diz que é prematuro traçar cenários. “O que posso garantir é que a CDU (coligação liderada pelo PCP) vai concorrer com a mesma força, empenhamento e dinamismo”.Os dirigentes do PCP dizem que os objectivos nas próximas autárquicas passam por manter e reforçar posições, apostando mesmo na conquista de alguns municípios. Actualmente, a CDU governa os concelhos de Benavente, Constância e Chamusca, tendo perdido na última década várias câmaras. Para já ainda não há nada definido quanto a candidatos.Octávio Augusto garante ainda que o trabalho político na região continua assegurado pelo grupo parlamentar do PCP. “Para além do impacto negativo dos acontecimentos, que não pode ser negado, pode-se verificar que nos últimos meses a actividade do PCP, não tendo deputado por Santarém, tem sido intensa e activa na Assembleia da República”. Como exemplo, as inúmeras perguntas colocadas ao Governo sobre problemas da região e visitas recentes como a que o líder parlamentar Bernardino Soares fez a Salvaterra de Magos. “Conseguimos fazer o milagre de, não tendo um deputado eleito no distrito de Santarém, apresentar mais trabalho na Assembleia da República [relacionado com a região] do que outras forças políticas com mais deputados”, conclui.

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