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Trilhos enlameados dificultam caminhada do CALMA

Trilhos enlameados dificultam caminhada do CALMA

Trilhos enlameados e chuva que foi caindo em grossos aguaceiros, dificultaram a caminhada, mas não travaram o êxito de participação de mais de cinco centenas de caminheiros, na vigésima edição do Encontro Nacional de Caminheiros do CALMA.

Mais de cinco centenas de caminheiros participaram domingo de manhã no Vigésimo Encontro Nacional de Caminheiros, organizado pelo CALMA – Clube de Actividades de Lazer e Manutenção de Tomar. Os trilhos traçados à volta da Albufeira da Barragem do Castelo de Bode estavam em mau estado, inundados, enlameados, escorregadios e a chuva caía de vez enquanto, mas a alegria que os caminheiros, vindos de todos os pontos do país, não deixou ninguém desistir.Foram 12 quilómetros a pé calcorreando montes e vales da zona da Pederneira, na Freguesia da Serra, Tomar, ora descendo, ora subindo, com uma escorregadela aqui e ali, com os pés a enterrarem-se na lama, ou com um ou outro caminheiro mais afoito a passar calmamente mesmo pelo centro das imensas poças de água que se iam formando com a chuva.À partida de junto à sede da sociedade da Pederneira, os caminheiros foram avisados do mau estado dos trilhos, mas ninguém se negou à aventura. Novos e velhos saíram decididos para a estrada. A presidente do CALMA, Júlia Ceríaco deu as boas vindas aos caminheiros, e mostrou-se satisfeita com o número de presenças. “Apesar do tempo ninguém desistiu, temos aqui mais de meio milhar de caminheiros é uma grande honra para o CALMA”, disse com emoção.“São Pedro não mete medo aos caminheiros”, dizia já em tom brincalhão, Mário Moreira, um professor da Universidade de Coimbra, de 49 anos, tanto ele como a esposa dois caminheiros inveterados, desde que há cinco anos o médico diagnosticou alguns problemas de gorduras no sangue ao professor. “Passamos a fazer caminhada de seis a dez quilómetros diários, sempre os dois, e aos fins-de-semana aproveitamos, metemo-nos no carro e vamos conviver com amigos de outras regiões. Aqui a Tomar é a terceira vez que vimos”, disse Mário Moreira.De Tavira veio um grupo bem numeroso, 53 pessoas das mais variadas idades de ambos os sexos. Lurdes Brito é ainda jovem, tem “trinta e poucos anos”, disse a rir. Mas já anda nas caminhadas há cerca de 10 anos. “Comecei para manter a forma e juntei-me ao grupo de caminheiros de Tavira, um grupo já com mais de duas dezenas de caminheiros, costumo fazer duas ou três caminhadas por semana. Aos fins-de-semana há sempre um grupo que se desloca a outras zonas do país, aproveitamos para conhecer a zona e para distrair do que fazemos diariamente. Aqui a Tomar já é a terceira vez que venho, porque é sempre em sítios diferentes, e existe uma boa organização”, garantiu, enquanto aconselhava toda agente a andar “Mexa-se pela sua saúde”, dizia em jeito de conselho.Entretanto os andamentos não são todos iguais, bem lá na frente numa curva do caminho avistavam-se os mais bem preparados. A meio do pelotão, havia quem em jeito de brincadeira dissesse, “lá vai o grupo do camisola amarela, quando nós chegarmos ao fim já eles terão almoçado”. E o terão almoçado tinha razão de ser, porque no final da caminhada havia à espera um lauto almoço oferecido pela organização. Curiosamente era bem no meio do pelotão que aparecia um grupo de camisolas amarelas. O repórter de O MIRANTE, que acompanhou com dificuldade a caminhada, perguntou a um jovem de 65 anos, Vítor Policarpo, quem eram aquelas pessoas. “São elementos do Grupo de Caminheiros do Ribatejo, que vêm de Riachos”, disse.Vítor Policarpo faz caminhadas há oito anos. “Todos os dias saio para andar, dou uma grande volta em Riachos, e isso tem sido muito bom para a minha saúde”, garantiu ao mesmo tempo que esclarecia que desde que as caminhadas se tornaram um desporto, todos os fins-de-semana se desloca a algum lado para conviver com amigos caminheiros que já fez um pouco por todo o país. Também o grupo que veio de cidade nortenha de Famalicão era dos mais alegres, quando encontrava alguém um pouco mais cansado, algum dos seus elementos ficava para trás para o animar. Marília Alves fazia ouvir a sua voz de vez enquanto com uma canção para alegrar.A partida para a caminhada deu-se por volta da 10 horas da manhã, os últimos caminheiros a chegar ao local da partida aconteceu já depois das 13 horas, chegaram cansados mas rapidamente retemperaram as forças com o almoço que os esperava. Durante a tarde conviveram e convidaram-se amigos para caminhadas na sua região.
Trilhos enlameados dificultam caminhada do CALMA

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