José Adelino, 17 anos, aluno do 11º ano do curso Ciências e Tecnologia, começou a escrever há dois anos. Quando se apaixonou por uma rapariga e teve necessidade de colocar no papel aquilo que sentia. Nunca teve a pretensão de publicar, mas mostrou os trabalhos à professora de Português que o aconselhou a participar no concurso literário. Garante que ficou surpreendido quando soube que tinha ganho o primeiro prémio de Poesia, terceiro na categoria de crónica e em quarto lugar com o conto. “Não estava mesmo nada à espera. Ganhei com o único poema que escrevi”, conta com timidez.O jovem residente nos Casais da Amendoeira, no concelho vizinho do Cartaxo, não sabe se vai continuar a escrever. Enquanto existir inspiração e vontade vai colocar no papel aquilo que lhe vai na alma, diz o jovem que gostava de ser astronauta para poder observar a lua de perto. Enquanto não vai numa missão espacial procura os lugares onde consegue ficar um pouco mais perto das estrelas. Por vezes acorda a meio da noite e vai até ao telhado contemplar o céu. “A vista é magnífica. Tenho a serra de Montejunto na minha frente, as estrelas vêem-se melhor dali e a lua brilha com mais intensidade”, garante. José Adelino sente-se orgulhoso com o prémio conquistado. “Foi algo que me marcou em determinada altura da minha vida e o passado não se apaga”.