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Raízes de plátanos danificam paredes de café e habitação

Raízes de plátanos danificam paredes de café e habitação

Proprietário sugeriu corte de raízes e criação de vala cimentada mas Câmara de Coruche só aceita substituição das árvores
Um conjunto de plátanos plantados em 1988 à beira do café e habitação de Custódio Canuto, em Malhada Alta, freguesia de Coruche, estão a dar problemas com que o morador não contava. Passados 20 anos as raízes das árvores – inicialmente cinco e agora apenas três – viajaram pelo subsolo na direcção do Café Canuto e da habitação do proprietário, que fica ao lado. As paredes de ambos os edifícios estão a rachar e o alcatrão em frente começa a ficar com ondulações.Apesar dos problemas causados pelos três plátanos, com cerca de 6 metros de altura, Custódio Canuto foi à última reunião de câmara pedir uma solução para o problema que cresce no seu terreno. “Passo noites sem dormir e oiço as paredes de casa a estalar”, exemplificou.Na companhia de Manuel Coelho, morador da Malhada Alta e vogal da CDU na assembleia municipal, Custódio Canuto solicitou que fosse criada uma vala entre às árvores e as casas, cortadas as raízes e o buraco tapado com betão. Material que o próprio se disponibilizou a suportar. Manuel Coelho, vereador da câmara que em 1988 mandou plantar as árvores, lembrou que estas criam sombras frondosas onde bastantes populares costumam estar durante o tempo quente, à beira da Estrada Nacional 251. E defendeu a solução apresentada. Mas o executivo da câmara não esteve pelos ajustes. O vereador Francisco Oliveira (PS) lembrou que em duas ocasiões, tanto pela Junta de Freguesia de Coruche como pela câmara, equipas foram ao local para abater duas árvores e substituí-las por outras espécies, mas essas intenções foram barradas por populares que defenderam a continuidade dos plátanos. “Construir muro não é solução. E a que profundidade? As raízes vão contornar como fizeram com os lancis”, considerou. Outra “razão” da câmara tem a ver com as alergias causadas pelos plátanos, espécie que tem vindo a ser substituída na vila de Coruche. Foi o que se passou perto da sede da Junta de Coruche, com plátanos que causavam problemas em canalizações, com choupos da avenida Luís de Camões ou com um grande eucalipto abatido na Fajarda, exemplificou o vice-presidente da câmara, Joaquim Serrão (PS). O proprietário do café ficou de pensar no assunto e também admite que a criação de um alpendre ou telheiro no lugar das árvores pode não ser má solução. Quantos aos frequentadores do espaço e clientes do café dizem nunca ter tido “comichões” por causa dos plátanos. Quanto à substituição progressiva das árvores, diz que isso demora muito tempo e que as outras espécies também têm raízes.
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