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O Entroncamento Cá pelo Burgo segundo Eduardo O.P. Brito

Livro de Ana Geraldes e Manuela Poitout apresentado a 11 de Maio
Eduardo O.P.Brito foi correspondente de um sem-número de jornais. Na imprensa do Entroncamento alimentou durante décadas uma crónica do quotidiano com o título “Cá Pelo Burgo”. Manuela Poitout e Ana Geraldes pegaram no enorme novelo de textos editados por Eduardo O.P.Brito e construíram um livro com o mesmo nome. Arquitectaram-no e edificaram-no fragmento a fragmento. Palavra a palavra. Emendaram o que era necessário emendar, explicaram, completaram, organizaram, depuraram. É o Entroncamento segundo Eduardo O.P. Brito e Eduardo O.P.Brito segundo o que ele próprio escreveu. A edição é da Câmara Municipal do Entroncamento. A apresentação é dia 11, domingo, no Salão Nobre da Câmara. É uma história do quotidiano do Entroncamento feita de histórias. Subjectiva como são todas as histórias de todos os lugares. Pode ler-se como se lê um livro de contos. Há a história da sopa a escaldar, a das reuniões da farmácia, a dos passeios à estação para ver as espanholas, a do misterioso desaparecimento do Perlingó, a do Tio Maurício e da burra Atmosfera… Eduardo O.P.Brito contou, à sua maneira, o que viu, ouviu e viveu. Uma estudiosa da história do Entroncamento, Manuela Poitout, e uma jovem jornalista que passou todo o tempo de escola a escrever notícias sobre o Entroncamento, nos jornais locais, Ana Geraldes, puseram os textos de Eduardo O.P.Brito em ordem e convidam-nos a revisitá-los. Alguns não perdoam a Eduardo O.P. Brito ter sido o responsável pelo facto de o Entroncamento ser, ainda hoje, conhecido por terra dos fenómenos. Efectivamente foi a partir de relatos de casos insólitos, publicados em jornais nacionais durante um curto espaço de tempo, que a terra ganhou aquele cognome. Mas chamar-lhe, simplesmente, pai dos fenómenos é redutor e injusto. Este livro também tem o mérito de o provar. Eduardo O.P.Brito foi quem mais escreveu sobre o Entroncamento. Sobre as pessoas que habitaram e habitam o Entroncamento. É um cronista do quotidiano. Correspondente de dezenas de jornais ao longo de dezenas de anos. Jornalista à moda antiga. Uma das pessoas que mais amor tem a uma das terras que menos tem para ser amada.Nenhum rei pensou no Entroncamento quando decidiu mandar construir conventos ou castelos. Nenhuma santa escolheu o local para revelar segredos a pastores. Nenhum general organizou as suas tropas para ali travar batalhas decisivas. Técnicos responsáveis pelo traçado do caminho-de-ferro decidiram entroncar duas linhas naquela zona plana do centro de Portugal e traçaram-lhe o destino. Terra dos comboios. Chegou gente de outras paragens para povoar a nova terra. E a partir de certa altura Eduardo O.P.Brito chamou a si a tarefa de relatar o seu dia-a-dia. Os sucessos e insucessos. As vivências e ocorrências. Os feitos e os defeitos. Tudo aquilo que pode ser contado por um historiador da pequena história.

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