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Suspensos 26 jogadores do Alcanenense e do U. Almeirim

Suspensos 26 jogadores do Alcanenense e do U. Almeirim

Almeirinenses admitem recorrer do castigo aplicado a alguns dos futebolistas
Doze jogadores do Atlético Clube Alcanenense e 14 jogadores do União Futebol Clube de Almeirim foram punidos pelo Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Santarém com penas entre os quatro e os seis jogos de castigo na sequência das cenas de violência verificadas no final da partida U. Almeirim- Alcanenense, disputada no domingo dia 27 de Abril, para o apuramento de campeão da I Divisão Distrital. Foram também punidos técnicos e dirigentes. O árbitro do jogo, Rui Cordeiro não virou as costas ao que se passou e fez um relatório detalhado do que aconteceu e o Conselho de Disciplina (CD) pôde agir com celeridade. No dia 30 de Abril, três dias depois do jogo, a Associação divulgou o mapa de castigos aplicados. Além dos quatro jogos de suspensão aplicados a 12 jogadores do Alcanenense, o CD deliberou ainda a suspensão preventiva e abertura de processo disciplinar ao treinador e presidente dos alcanenenses, José Torcato, bem como ao dirigente Alexandre Coutinho. O União de Almeirim foi ainda mais punido pelo CD e o facto do jogo ser disputado no seu terreno contribuiu para isso. Dos 14 futebolistas castigados, dois vão estar afastados dos relvados em seis partidas, Pedro Rodrigues e José Silva. Os restantes 12 foram castigados com quatro jogos de suspensão.Nos almeirinenses foram ainda multados os dirigentes João Xavier Pinto e António Fragoso, ambos com 50 euros e 20 dias de suspensão, e suspenso preventivamente com abertura de processo disciplinar o também dirigente João Carlos Pereira. O treinador Leonel Madruga também ficou a arder, depois de ter sido expulso durante o jogo. Além da suspensão preventiva e dois processos disciplinares abertos, terá de pagar 150 euros de multa e fica para já fora dos relvados durante um mês.Registe-se a celeridade do CD na apreciação deste triste episódio do futebol distrital. Celeridade que só foi possível pela actuação do árbitro do jogo, o veterano Rui Cordeiro, que não se intimidou com a situação e serenamente assistiu a tudo o que se passou, tomando apontamentos que foram elementares para a decisão do CD. “O que se passoufoi muito grave”O presidente e treinador do Atlético Alcanenense, José Torcato um dos envolvidos nos incidentes, garantiu a O MIRANTE que o seu clube assume que o que se passou foi muito grave. “Não podemos esconder uma situação que foi péssima para o futebol e para os clubes envolvidos”, disse.Embora diga que os jogadores e as pessoas ligadas, ao Alcanenense agiram apenas em legitima defesa, e que no meio de todos os castigos aplicados a jogadores e dirigentes há algumas injustiças, José Torcato garante que o Alcanenense não vai recorrer de nenhum castigo. “Sei que os castigos se basearam nos relatórios do árbitro e da GNR, por isso apenas queremos colocar uma pedra sobre o que se passou e pensar em fazer o resto da época com a mesma dignidade com que o fizemos até agora”, referiu.Os jogadores castigados continuam a treinar até ao final da época. “Embora já não possam jogar mais neste campeonato, ajudam os jovens que vão ter que jogar a trabalhar para ao domingo estarem aptos a representar o Alcanenense”, disse José Torcaro, que fez questão de louvar a coragem do árbitro. “Que não foi a correr esconder-se no balneário”. “Vamos recorrerde alguns castigos”O presidente do União Futebol Clube de Almeirim, Faustino Ferreira, garantiu que o clube vai recorrer dos castigos aplicados a alguns jogadores. “Como é que pode ter sido castigado um jogador que foi substituído ao intervalo e nem sequer estava no campo, e outros jogadores que apenas tentaram acalmar a situação”, disse com algum azedume.Faustino Ferreira, reconheceu a gravidade da situação e afirmou que a direcção já reuniu e lamentou o que se passou, mas garantiu que só há um instigador do que se passou. “Esse é o artista da bola, o presidente, treinador do Alcanenense, o José Torcato, foi ele que provocou nos jogos que disputámos, todas as pessoas do União de Almeirim”, garantiu.O presidente do União de Almeirim culpa também o árbitro Rui Cordeiro, por na sua opinião não ter sido forte disciplinarmente durante o jogo. “Devia ter feito duas ou três expulsões durante o jogo, principalmente nas pessoas que estavam no banco do Alcanenense”, acrescentando também que no relatório também não agiu correctamente. “Não pode vir dizer para a comunicação social que tomou nota dos jogadores que não intervieram na contenda, isso não chega”, referiu.Contudo Faustino Ferreira garantiu que os jogadores vão continuar a treinar no clube até ao final da época e que alguns deles vão continuar para o próximo ano. “Independente de internamente agirmos em relação à sua implicação na situação”, garantiu.Entretanto, o árbitro Rui Cordeiro, há 23 anos a dirigir jogos de futebol, assegurou que ele e os seus assistentes estão de consciência tranquila. “Fizemos o que tínhamos de fazer, durante o jogo que foi muito disputado e com algumas quezílias agimos em conformidade. No final perante a situação, tomámos notas muito completas para não errar-mos e garanto que tudo o que constou do relatório, foi o que realmente se passou”, disse, sem se querer alongar muito, porque agora o assunto já não lhe diz respeito, passou para o âmbito do CD.
Suspensos 26 jogadores do Alcanenense e do U. Almeirim

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