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Assembleia chumba moção de censura apresentada pelo Bloco de Esquerda

Da esquerda à direita os partidos rejeitaram a proposta bloquista
A Assembleia Municipal do Cartaxo chumbou por maioria a proposta de moção de censura apresentada pelo deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Colaço, na última sessão. PSD e PS votaram contra a proposta enquanto a CDU se absteve. Na base da moção de censura esteve o que o BE considera ter sido a conduta da Câmara do Cartaxo no que respeita à notificação dos munícipes para pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) com agravamento indiscriminado de 15 por cento. Um lapso entretanto corrigido que levou a câmara e o Ministério das Finanças a trocarem acusações e alijarem responsabilidades.Numa declaração violenta dirigida à acção da maioria socialista no executivo e, em particular ao presidente da câmara Paulo Caldas (PS), o eleito do BE Francisco Colaço considerou que se pratica “o recurso à verdade como uma mera figura de estilo que se usará ao sabor das conveniências políticas do momento”. E declarou que ainda não foi reposta a verdade relativamente à nota de imprensa saída da Câmara do Cartaxo em resposta à posição do Ministério das Finanças.“Pior foi a mentira descarada, insensata, vergonhosa, sinal de que os eleitores servem para votar e eleger mas não para serem respeitados. Propõe-se um voto de censura à falta de ética, falta de princípios, falta de respeito para com todos nós”, afirmou durante a assembleia.Palavras que não foram bem acolhidas nos restantes partidos. Pelo PS, José Gameiro ripostou, acusando o eleito bloquista de ter transformado em pessoal uma questão política ao chamar mentiroso ao presidente da câmara. “É uma falta de ética e de respeito com pessoas e instituições. Uma moção de censura só deve ser discutida por questões institucionais, e o senhor deputado acabou orgulhosamente só”, constata José Gameiro.Pedro Reis (PSD) considera que o executivo esteve mal ao demorar vários meses para resolver o processo referente ao IMI, mas que uma moção de censura apenas se justifica “por questões estruturais do município e não por episódios”. O mesmo pensa a CDU por intermédio de Rogeiro Coito, que recorda que aquele instrumento político não pode ser utilizado de ânimo leve, “mas resultante de amplo consenso entre partidos da oposição com assunto estruturante do município”.

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