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Eleições antecipadas na JSD de Santarém contestadas por grupo de militantes

Contestatários criticam o actual líder e recandidato mas não vão a jogo
Um grupo de militantes da JSD Santarém encabeçado por Ricardo Gonçalves Rato acusa o líder demissionário João Leite de ter preparado uma “golpada e chapelada” com as eleições antecipadas para a comissão política marcadas para esta sexta-feira, dia 9 de Maio, na sede distrital do partido.Ricardo Rato, porta-voz do movimento Jota Jovem, diz ter entregue na secção da JSD Santarém, no início de Abril, as fichas de inscrição de cerca de 100 novos militantes que não foram aceites. Isto numa altura em que se previa as eleições só para Setembro ou Outubro, no final do mandato de João Leite, que refuta as acusações. “Isto representa um quarto dos militantes da concelhia da JSD e assume maior importância quando no último acto eleitoral em que se apresentaram duas listas votaram apenas 70 militantes”, argumenta Ricardo Rato. Refira-se que os novos militantes necessitam de três meses de militância para poderem exercer o seu direito de voto. João Leite garante não ter tido conhecimento de qualquer intenção de inscrever cem novos militantes na estrutura da JSD. “Avançámos com a demissão por entendermos que as eleições na JSD não deveriam coincidir com o acto eleitoral para a concelhia do partido em Julho ou Setembro. Fizemo-lo dentro do prazo, no jornal Povo Livre e, inclusivamente, no site da JSD (com data de 30 de Abril), por sms e e-mail para os militantes”, assegura o líder demissionário, que é recandidato.Apesar de não contestar a legalidade das eleições marcadas, Ricardo Rato rotula o processo de acto de secretaria para refrear a apresentação de novas candidaturas ou projectos. Diz que os novos militantes que não se revêem na actual concelhia, que representa o “apego ao tacho”, apesar de demonstrar o seu “orgulho no nosso presidente de câmara, Francisco Moita Flores”. Fala de “objectivos pessoais e profissionais” e de um “grupo fechado de amigos agarrado ao poder” entre os elementos ligados à concelhia demissionária.João Leite considera muito infelizes as declarações de Ricardo Rato. Lembra que os “jotas” que têm cargos na câmara são naturalmente de confiança pessoal e política dos eleitos que os escolheram. Em relação à postura do seu crítico, acusa-o de não aparecer em Santarém há dois anos e de não apresentar iniciativas. “Falámos há três semanas, não me disse nada e desde então certamente teria muito tempo para preparar uma lista para as eleições”, constata. Apesar das muitas críticas à postura de João Leite e da sua lista, Ricardo Rato diz que não se candidata para “não compactuar com a atitude moral reprovável”. Recorde-se que Ricardo Rato, estudante de Direito de 21 anos, quis ser candidato nas eleições de 2006 mas não pôde constituir lista devido a seis inscrições consideradas inválidas. Situação a que o conselho de jurisdição do partido ainda não deu seguimento.

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