O presidente da junta de Freguesia da Meia Via, José Gil, acusou os deputados do PS, partido pelo qual foi eleito como independente, de o terem tentado condicionar quando tomou a posição de não assinar o protocolo com a câmara, que transferia competências na área da educação para a sua freguesia. “Sou do PS mas não admito este tipo de condicionalismos”, afirmou na última sessão da assembleia municipal, solicitando ao presidente da mesa da assembleia para o tratar, a partir daquele dia, como deputado independente, nomeadamente no que respeita à grelha de tempos (minutos concedidos às bancadas e aos deputados independentes para fazerem intervenções). José Gil ressalvou ainda não ter sido eleito para a assembleia mas para presidente da Junta de Freguesia da Meia Via, ocupando o lugar de deputado por inerência como determina a lei. “O regimento da assembleia é claro. Se o senhor mudou de opinião…”, retorquiu o presidente da mesa da assembleia, ao que José Gil respondeu de pronto - “Eu não mudei de opinião, quero é mudar de posição”. O autarca salientou ainda que o parque escolar da freguesia “está exclusivamente à responsabilidade da câmara” desde Dezembro do ano passado e que a junta “só fará aquilo que a Lei lhe exige, mais nada”. Lembrou ainda que esta situação deve ser dada a conhecer aos professores, pais e encarregados de educação dos alunos que frequentam escolas na freguesia. José Gil tomou esta posição drástica como forma de protesto sobre diversas situações que a câmara tarda em resolver na freguesia, sendo a mais gritante a falta de alcatroamento das estradas, em terra batida e cheias de buracos há mais de um ano. “Estamos fartos de ser esquecidos e de nos deitarem poeira para os olhos”, disse, numa alusão ao pára e arranca das obras e às promessas da Câmara de Torres Novas.