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Música, dança e gastronomia na Semana Africana de Santarém

Música, dança e gastronomia na Semana Africana de Santarém

Iniciativa decorre de 20 a 25 de Maio no Teatro Sá da Bandeira

A Semana Africana de Santarém ajuda a estreitar os laços entre estudantes africanos a estudar na cidade e a comunidade local, além de proporcionar vários dias de animação.

Música, dança, contos e coros, batucadeiras, bijutarias, trancinhas e gastronomia são alguns dos atractivos da terceira edição da Semana Africana de Santarém, que decorre nas instalações do Teatro Sá da Bandeira de 20 a 25 de Maio. “Divulgar a cultura e a vivência africana são dois dos objectivos da organização”, como realçou Cremilde Salvador, docente da Universidade da Terceira Idade de Santarém (UTIS), que em conjunto com a Câmara de Santarém e a Junta de Freguesia de Marvila partilham a organização com a Associação de Estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. O reforço e integração da comunidade de alunos do ensino superior que se encontram a estudar em Santarém são outros objectivos. A Semana Africana de Santarém é inaugurada a 20 de Maio (17 horas) com a abertura da exposição de pintura dos alunos da UTIS e de artesanato africano. Segue-se um atelier de bijutaria e trancinhas e à noite o concerto com o grupo musical “Lulas”. Todos os dias haverá gastronomia africana no bar do Sá da Bandeira.Na manhã de 21 de Maio há contos africanos no piano-bar do teatro para alunos da Escola dos Leões. E no bar-galeria, à tarde, uma exposição de livros africanos, convívio e música ambiente. À noite será a vez da apresentação do trabalho do poeta Eugénio Tavares, pela aluna da UTIS, Natalina. Com música pelo Coro dos Alunos de Literatura Africana. Um torneio de orril (jogo com tabuleiro fechado e seis peças para cada adversário) e de damas abre a noite de dia 22, que segue com palestras sobre vivências actuais no campo da economia e da educação. O grupo musical Ramede Terra é o destaque de dia 23.Poesia por escritores africanos, as batucadeiras da Associação Moinho da Juventude da Cova da Moura e grupos tradicionais de música e dança e o cabo-verdiano Danilo em concerto marcam o programa de dia 24.Para domingo há workshop de dança africana às 17h00 e, pelas 20h00, um jantar africano a cargo dos estudantes dos PALOP e de uma cozinheira, no qual se pode provar cachupa e um prato tradicional da Guiné. Inclui ainda desfile com trajes tradicionais e baile com disk-jockey. É a única acção da semana com custo de entrada. Dez euros para alunos da UTIS e 15 euros para público em geral na Casa da Chã, no antigo Campo da Feira.Fora do programa da Semana Africana, há ainda que contar com uma noite convívio e música no bar-discoteca Latiníssimo Clube, no dia 21, a partir das 23 horas.Unidos para contornar dificuldadesPara Cléber Tavares, presidente da Associação de Estudantes dos PALOP, as actividades desenvolvidas pelos estudantes africanos e a semana dedicada a África são uma forma de ajudar à integração dos que já estão e dos que vão chegando. Actualmente são cerca de 50 a estudar nas escolas do Politécnico de Santarém - Agrária, Gestão e Educação. O relações públicas da associação, Pedro Monteiro, recordou que cabe à associação fazer grande parte do esforço de receber e acolher os novos estudantes. “Tem de ser assim porque muitas vezes há atrasos nas bolsas que recebemos dos nossos países, que chegam aos três meses”, exemplificou.A falta de uma sede é outro problema. “Desde 2001 que a sede da associação é a casa ou quarto de cada estudante”, reconhece Cléber Tavares. A maior parte dos estudantes regressa a casa no final dos cursos. Ou depois de completar mais alguma formação ou adquirir experiência profissional na região.
Música, dança e gastronomia na Semana Africana de Santarém

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