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Alexandre Diniz

33 anos, Bombeiro, Chamusca

“Não sou facilmente impressionável. Lido com um acidente com profissionalismo, concentro-me no socorro às vítimas e não me deixo impressionar. Apenas quando envolvem crianças fico um pouco mais abalado”

Depois de todas as modificações que se registaram nos serviços de socorro, os bombeiros têm a vida mais facilitada?Não. O trabalho dos bombeiros nas acções de socorro mantém-se igual. Tentamos sempre ser o mais exigentes possível, tendo em atenção que estamos no terreno para ajudar as pessoas e salvar vidas.E em relação à coordenação com o INEM?Aí há efectivamente alguns pequenos problemas. Mais na área do desconhecimento do terreno por parte dos operadores que estão em Lisboa. Mas não se registam problemas muito graves.Já alguma vez foi parar a um local diferente daquele onde estava a urgência?Já. Um dia fomos chamados para um acidente à saída da Chamusca no sentido de Abrantes e o acidente era exactamente no local contrário, na saída da Chamusca mas no sentido de Lisboa.Os centros de saúde deviam ter oftalmologistas?Deviam ter oftalmologistas e outras especialidades médicas. As câmaras estão a fazer bem em enviar pessoas para Cuba para serem operadas à vista?Penso que sim. Mas penso também que essa não será uma missão sua. Devia ser o Governo a proporcionar condições de saúde aos doentes portugueses.Para ser bom português é preciso apreciar vinhos?Não! Eu não sou um grande apreciador de vinhos e nem por isso deixo de ser um bom português.Já se tornou sócio da Selecção Nacional de Futebol?Não. Já ouvi falar nesse cartão, mas ainda não o adquiri nem vou adquirir.Vai seguir o percurso da selecção no Europeu?Vou. E acredito na nossa selecção. É mais jovem e inexperiente do que a anterior, mas tem muitos jovens com qualidade. Acredito que vai fazer um bom campeonato.José Sócrates devia ser multado por ter fumado num avião?É evidente que sim. A lei foi feita para todos os portugueses e o primeiro-ministro não é uma excepção. Aliás devia ser o primeiro a dar o exemplo.Já teve algum caso de acidente grave que o tivesse impressionado especialmente?Não sou facilmente impressionável. Lido com um acidente com profissionalismo, concentro-me no socorro às vítimas e não me deixo impressionar. Apenas quando envolvem crianças fico um pouco mais abalado. O que se imagina a fazer daqui por 20 anos?Basicamente o mesmo que faço agora. Sou bombeiro por paixão e enquanto puder vou manter esta actividade. Fica sempre um sabor especial quando conseguimos contribuir para salvar uma vida.O que é que mudava na Chamusca se pudesse?Sobretudo a mentalidade das pessoas.As oportunidades estão só nas grandes cidades?Sim. Embora o Parque-Eco do Relvão possa vir a trazer alguns benefícios para os jovens do concelho. Foi uma boa aposta dos políticos chamusquenses.

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