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“Converteram a Casa do Brasil em mais um serviço da câmara”

Opção feita no anterior mandato criticada pelo cônsul honorário do Brasil em Santarém
A ligação que Santarém tem ao Brasil, e que se traduziu também na criação deste consulado na cidade, não tem sido devidamente potenciada. A divulgação da cultura brasileira parece estar esquecida.A Casa do Brasil inicialmente estava fundamentalmente virada para aí. Depois, nós saímos da câmara e a coisa morreu. No anterior mandato converteram isto em mais um serviço da câmara. Ao porem aqui a sede de um pelouro, ao porem aqui uma vereadora, quebraram a coluna vertebral do que era isto como espaço de exibição cultural. Havia aqui muitas exposições, conferências, música popular brasileira. Isso foi quebrado. Lamento que tenha sido assim. O que pretende fazer nesse campo?Estamos agora a tentar, em conjunto com o Departamento de Cultura, que se rompa um bocado isso. Gostava muito arrancar aqui com uma cerimónia evocativa dos 200 anos da ida da corte portuguesa para o Brasil. Mas o consulado não tem meios. Sou só o instigador.O que faz um cônsul honorário do Brasil em Santarém?Há três níveis da actuação. A primeira tem a ver com as funções propriamente consulares, que são restritas mas que servem para alguma coisa. Como averbamento ou substituição de passaportes, fazendo a intermediação com o consulado geral do Brasil em Lisboa evitando que as pessoas lá se tenham de deslocar. Há ainda um conjunto de informações que podemos prestar, distribuição de formulários.Têm muita procura?Temos alguma procura a esse nível. Este é um consulado honorário, com limitações e sem qualquer apoio por parte do Brasil contando exclusivamente com o meu trabalho e dedicação e este apoio logístico da câmara em termos de instalações.Que actuação têm a outros níveis?Há um segundo aspecto que é de ligação mais cultural, de acompanhamento de pessoas que se deslocam do Brasil a Santarém. A Casa do Brasil é muito procurada para exposições, para apresentação de livros, de quadros. E aí damos algum apoio. Há ainda uma terceira dimensão, que considero a mais gratificante, que são os imigrantes brasileiros que precisam de um lugar para desabafar, de alguém que os ouça. Acaba por dar esse apoio personalizado.Sim, é um apoio moral personalizado. É fundamentalmente isso. Porque no SEF são tratados como todos os outros. Muitas vezes entram aqui cheios de problemas e saem daqui mais calmos.

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