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31 anos do jornal o Mirante

Ilda Martins

43 anos, empregada de escritório, Vale de Cavalos

“Até tem uma certa graça ver uma mulher sem medo de enfrentar os toiros, quando normalmente as pessoas do sexo feminino têm medo de ratos e aranhas”

Que implicações tem na sua vida os constantes aumentos dos combustíveis?Tem na minha vida e na de todos os portugueses, porque aumentando os combustíveis dá azo a que tudo aumente e por conseguinte o poder de compra cada vez é menor. Já teve que cortar nalgumas despesas por causa disso? Deixei de passear de carro com a frequência que o fazia anteriormente. Agora temos que pensar bem antes de ir a algum lado. Fazer bem as contas ao que vamos gastar não só com o combustível mas com outras despesas como a comida e a dormida para ver se compensa. Tem que se cortar nestas coisas porque há outras que são de primeira necessidade.De quem é a culpa do país estar em crise?A culpa da crise que assola o país há algum tempo é em primeiro lugar dos nossos governantes, que primeiro oferecem tudo às empresas e depois puxam-lhes o tapete. Há mais desemprego, mais miséria e eles não fazem nada para mudar este cenário. Enquanto eles estiverem bem não se preocupam com os cidadãos comuns. E não vejo bons tempos, para já. Viver no campo tem mais encanto?No campo há mais qualidade de vida, embora tenha o inconveniente de não termos acesso a algumas coisas que existem nas cidades, como os hospitais, cinemas, teatro… Mas o ar puro e a tranquilidade são grandes mais valias. Na aldeia ainda podemos andar na rua à noite sem medo. É bom ouvir os grilos, ver as cegonhas no ninho, e as andorinhas a voar à nossa frente. Costuma ir à Feira Nacional de Agricultura em Santarém?Não! É um certame que não me diz nada. É tudo muito ligado à agricultura e eu nem sou agricultora e quero estar longe das máquinas agrícolas. Aceitava que um filho seu vivesse em união de facto com uma pessoa do mesmo sexo?Mas que pergunta difícil! Acho que ninguém gosta de ter um filho homossexual. O homem e a mulher foram feitos para formar um casal e nós sonhamos ter genros, quando temos filhas, que é o meu caso. Mas se uma situação dessas me bater à porta não vou deixar de amar as minhas filhas devido às orientações sexuais.Que imagem tem dos tribunais?Uma imagem de grande balbúrdia, onde as coisas estão por resolver anos e anos. Ao ponto das pessoas já nem se lembrarem, muitas vezes, dos factos que estão a ser julgados. Depois há também sentenças que ninguém compreende. O que acha das mulheres toureiras?É o dito “sexo fraco” a mostrar que é forte e pode fazer as mesmas coisas que os homens. Até tem uma certa graça ver uma mulher sem medo de enfrentar os toiros, quando normalmente as pessoas do sexo feminino têm medo de ratos e aranhas.O que é que faz falta na região?No distrito falta mais emprego para poder haver mais desenvolvimento e por conseguinte, mais qualidade de vida.

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