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Nova centralidade comercial

Retail Park deve estar a funcionar em pleno até final de Julho
Três anos após o início do processo de licenciamento e sete meses depois do começo da construção, o Retail Park de Santarém foi inaugurado oficialmente no dia 29 de Maio. Alexandre Alves, promotor do empreendimento onde investiu 40 milhões de euros, destacou a criação de mil postos de trabalho directos e 500 indirectos. No espaço, que cria uma nova centralidade comercial em Santarém, vão estar grandes superfícies comerciais como a AKI e a Rádio Popular, já a funcionar, e DeBorla, Jumbo, Moviflor ou Feuvert que devem estar instaladas até final de Julho. Como atractivo adicional, está também a ser construído um posto de abastecimento de combustíveis que vai garantir preços mais baixos do que os habitualmente praticados pelas principais gasolineiras.Alexandre Alves - gerente da Retail Parks Portugal, empresa responsável por investimentos semelhantes em Leiria, Aveiro, Portimão e também em algumas cidades espanholas - considerou o investimento como “uma mais valia para a região”. Tanto pelos postos de trabalho que vai criar como pelos preços a praticar. No seu discurso destacou a dimensão do hipermercado Jumbo, com 8.700 metros quadrados, que o vai tornar o maior da região. Mas o empresário não esqueceu também, no breve encontro que manteve com a comunicação social, a “burocracia a mais” que o obrigou a recolher pareceres e licenças de 38 entidades diferentes, o que considerou “um caso único”.Na cerimónia oficial que reuniu muitas dezenas de convidados entre entidades oficiais, empresários e colaboradores do grupo empresarial, o presidente da Câmara de Santarém não esqueceu alguns atritos na fase inicial do projecto. Como quando, no final de Maio de 2006, mandou embargar o projecto ainda na fase de desmatação e modelação dos terrenos adquiridos pela Retail Parks de Portugal ao Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA). “Porque havia procedimentos que era preciso corrigir no sentido de transformar esta câmara numa entidade ágil mas também transparente”, afirmou Francisco Moita Flores (PSD), acrescentando que “este projecto acompanhou essa revolução pacífica”.Esse episódio não beliscou no entanto o entusiasmo com que o autarca acolheu o empreendimento, que considerou pioneiro num aspecto. “É o primeiro empreendimento que é inaugurado com as licenças todas pagas na véspera”, afirmou Moita Flores que exortou os empresários presentes a apostarem em Santarém, “uma das maiores placas giratórias do país em termos de mobilidade”.Aliás foi a pensar também nessa realidade que Alexandre Alves vai avançar também com o projecto do Business Park, a desenvolver numa área de 24.264 metros quadrados. Disponibilizará áreas para instalação de empresas que vão dos 200 aos 10.500 metros quadrados e funcionará como incubadora e nicho de empresas, sendo dotado de uma central fotovoltaica.Parque verde urbano gorou-seO parque verde urbano que deveria ser construído pelo promotor do Santarém Retail Park junto aquele empreendimento ficou sem efeito. A Câmara de Santarém invocou questões técnicas e operacionais para desistir dessa contrapartida, optando por receber em dinheiro o custo previsto para concretizar esse projecto. Segundo o empresário Alexandre Alves, promotor do investimento, a autarquia recebeu “mais de 500 mil euros” só por essa via.No âmbito da construção do Santarém Retail Park, a empresa de Alexandre Alves comprometeu-se a reabilitar um terreno camarário onde no passado funcionou uma lixeira municipal. A intenção era construir ali “um enorme parque urbano, com parques para as crianças e os jovens e zonas de lazer para a população”, dizia o empresário em Julho de 2007. A Retail Parks Portugal é ainda responsável pelo arranjo de três rotundas nas proximidades do empreendimento, duas na circular urbana de Santarém, que dará acesso ao Retail e ao Business Park, e outra na Estrada Nacional 3, junto à entrada para o CNEMA. Só nessas obras e no melhoramento da zona envolvente ao parque comercial o investimento ascendeu a mais dois milhões de euros. A isso somou-se outros dois milhões em pagamento de licenças a várias entidades. “Ser empresário é doloroso”, afirmou Alexandre Alves aos jornalistas a esse propósito.

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