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Politécnicos de Santarém e Tomar aumentam o número de cursos em horário pós-laboral

Politécnicos de Santarém e Tomar aumentam o número de cursos em horário pós-laboral

Com a maior facilidade de ingresso dos alunos com mais de 23 anos cresceu a procura

As Escolas Superiores dos Politécnicos respondem às necessidades dos novos alunos e ao apelo do Ministro da Ciência e do Ensino Superior. Um esforço que vai ser feito com os recursos existentes.

A procura de cursos em horário pós-laboral tem aumentado de forma significativa e as escolas tentam responder da melhor maneira a essa necessidade. No ano lectivo que agora terminou, funcionaram pela primeira vez, na Escola Superior de Educação de Santarém, dois cursos em horário pós laboral: Educação Básica e Educação e Comunicação Multimédia. A procura foi tanta que, para o próximo ano lectivo, todos os cursos daquela escola, à excepção de Artes Plásticas e Multimédia, vão funcionar também em regime pós-laboral.No Instituto Politécnico de Santarém são doze os cursos que podem ser frequentados naquele regime. Para além dos da Escola Superior de Educação, funcionam cinco na Escola Superior de Gestão. Há cursos, como os da Escola Superior de Enfermagem, que devido à sua componente prática, não podem ser ministrados em horário pós-laboral. O mesmo se passa na Agrária onde, mesmo assim, funciona em horário pós-laboral, o curso de Engenharia do Ordenamento e Desenvolvimento Rural, devido ao facto de ter uma componente menos prática, A captação de novos alunos - pessoas que trabalham e ambicionam poder tirar uma licenciatura – presidiu às alterações decididas na Escola Superior de Educação de Santarém (ESES) para o próximo ano lectivo. As turmas que abriram em regime pós-laboral foram as que tiveram mais procura por parte dos candidatos com mais de 23 anos. O tempo de estudo destes alunos estende-se durante todo o dia de sábado. “Apostámos em todos os cursos menos Artes Plásticas e Multimédia porque é curso da área das artes, para o qual não convêm abrir muitas vagas e que ainda não tem muita procura por parte de estudantes-trabalhadores”, explica Maria João Cardona, presidente do Conselho Directivo da ESES. Para assegurar o bom funcionamento, a maioria dos serviços, como o bar, o refeitório e a biblioteca mantêm-se abertos. “Temos a frequentar os cursos nocturnos da escola alguns auxiliares de educação de infância e que há muito tempo estavam à espera desta oportunidade. De outra forma, nunca poderiam progredir na sua carreira”, aponta a presidente da ESES.Com esta mudança, as escolas pretendem responder aos apelos de Mariano Gago, Ministro da Ciência e Ensino Superior que pediu às instituições que se abram a novos públicos e, nesse sentido, ofereçam cursos pós-laborais. A nova dinâmica não mexe com o número de docentes ou funcionários e só em casos pontuais se efectuam novas contratações. “Mantemos o número de corpo docente e discente e tentamos que o nosso número de alunos não reduza. Achamos que é pela via dos cursos nocturnos que conseguimos ampliar a nossa oferta e captar novos alunos”, justifica Ramiro Marques, presidente do Conselho Científico da ESES. “Às vezes há ideias pré-concebidas em relação aos estudantes-trabalhadores mas os nossos revelam-se bons alunos e dão um dinamismo muito interessante à escola, uma vez que têm outra maturidade”, reforça.No Instituto Politécnico de Tomar (IPT), no próximo ano lectivo oito dos vinte e três cursos leccionados pelas várias escolas superiores vão funcionar em horário pós-laboral. Pires da Silva, reconhece que devido ao regime dos “Maiores de 23” o IPT conseguiu, nos últimos dois anos lectivos, aumentar o universo do número de alunos pelo que defende que deva existir, cada vez mais, uma maior oferta de cursos com esta vertente. Segundo o presidente do IPT, cursos com uma componente mais prática, como os de Artes Plásticas, de Fotografia ou de Conservação e Restauro, dificilmente podem ser leccionados em horário pós-laboral uma vez que tal representaria mais encargos para a instituição em termos de recursos humanos e materiais, situação que seria incomportável.
Politécnicos de Santarém e Tomar aumentam o número de cursos em horário pós-laboral

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