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Câmara da Chamusca apoia obras de reconversão do antigo hospital

Câmara da Chamusca apoia obras de reconversão do antigo hospital

Unidade de cuidados continuados vai contar com 52 camas para internamento

O investimento de 1,5 milhões de euros vai ser repartido pelo Governo, Misericórdia e município.

A Câmara da Chamusca vai contribuir com 500 mil euros para a Unidade de Prestação de Cuidados de Saúde que está a ser construída pela Santa Casa da Misericórdia da Chamusca, no edifício do antigo hospital da vila. A proposta do executivo camarário foi ratificada por todos os eleitos da assembleia municipal na reunião de 26 de Junho.O presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), justificou a atribuição do financiamento com a necessidade de encontrar formas de ultrapassar a situa-ção precária dos serviços de saúde no concelho. “Trata-se de um serviço que vai responder a algumas dificuldades que temos, quer na área da terceira idade quer também em valências que não temos respostas por parte do sistema de saúde geral”, garantiu.A obra que já está em curso, vai custar um milhão e quinhentos mil euros, que com o apoio da câmara vai ser suportada em partes iguais pelo Governo, município e Santa Casa da Misericórdia da Chamusca. Ou seja, cada uma das entidades compromete-se com o financiamento de 500 mil euros.A Unidade de Prestação de Cuidados de Saúde vai ter um total de 52 camas, 32 delas contratualizadas com o Serviço Nacional de Saúde, para cuidados de recuperação e 20 camas para acamados de longa duração, contratualizadas com a Segurança Social. “Não sei se será a situação ideal mas acredito que vai ser um serviço de primordial importância para o concelho, porque vai ter também outros serviços de atendimento e de exames médicos e de diagnóstico. E vai criar pelo menos 50 postos de trabalho”, referiu Sérgio Carrinho.O presidente da câmara explicou ainda que a obra é para estar pronta até ao final do ano, daí a necessidade de aprovar o financiamento com alguma urgência, de modo a que a Santa Casa da Misericórdia possa negociar um empréstimo de um milhão de euros, correspondente ao valor da sua parte e da parte da câmara. “Como todos nós sabemos a câmara não está em condições de avançar com a verba neste momento, por isso a Misericórdia vai fazer o empréstimo das duas verbas e nós vamos pagar a nossa parte na altura do seu vencimento”, disse o presidente.Sérgio Carrinho referiu ainda que não vai ser um esforço muito grande porque vai ser diluído no tempo. “O empréstimo vai ser feito a pelo menos 25 anos, é como que comprar uma casa, e a prestação a pagar não vai ser demasiado pesada”, garantiu.Os eleitos da assembleia concordaram com o financiamento. Nos comentários efectuados declarou-se que face às dificuldades por que passam os serviços de saúde no concelho, a criação de alguns serviços médicos na unidade pode ser uma boa solução para o bem-estar das pessoas.As preocupações foram apenas afloradas no âmbito dos custos para os utentes. “Temos uma população envelhecida e com poucos recursos financeiros, se tiverem que pagar na totalidade os serviços não será fácil terem acesso aos cuidados médicos prestados na unidade, de qualquer modo hoje estou muito mais a favor do apoio à construção deste espaço. Proponho apenas que no âmbito da parceria que estamos a aprovar, a câmara tenha acesso a um acompanhamento de perto do seu funcionamento”, disse João Saramago, eleito da CDU.Também neste sentido, o presidente da câmara manifestou a confiança de que a Misericórdia é uma pessoa de bem e que para além de poder vir a estabelecer acordos com os serviços de saúde e de segurança social, também terá sempre uma visão global dos problemas. “De certeza que ninguém vai deixar de ser atendido por não poder pagar”, afirmou Sérgio Carrinho.
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