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Funcionária da Câmara de Almeirim suspeita de desviar materiais da biblioteca municipal

Autarquia abriu inquérito depois da denúncia feita pela directora do serviço

Esta é a segunda vez que uma funcionária da Câmara de Almeirim é acusada de lesar o património municipal.

A Câmara de Almeirim está a investigar a actuação de uma funcionária municipal indiciada pelo desvio de materiais da biblioteca municipal. A situação é confirmada pelo presidente do município, Sousa Gomes (PS), que assinou na semana passada o despacho de abertura de um inquérito interno para apuramento dos factos. Este é o segundo caso de funcionárias da autarquia que são alvo de processos por lesarem o município. Os indícios existentes apontam para o facto da funcionária ao serviço da Biblioteca Municipal Marquesa de Cadaval ter desviado dezenas de livros e CD’s que não chegaram a entrar no espólio. Quem se apercebeu da situação foi a directora da biblioteca, que comunicou o caso ao presidente da câmara. A suspeita encomendava os materiais mas alguns não chegavam a entrar nas salas de leitura ou de audio-visuais para estarem disponíveis ao público. Desconhece-se o objectivo da funcionária. Segundo confirmou a O MIRANTE o presidente da câmara, alguns lotes de materiais encomendados não terão chegado a entrar nos registos de existência e noutros casos apenas alguns produtos dos lotes terão sido desviados. Se o inquérito determinar a culpa da funcionária em causa esta é sujeita a um processo disciplinar cujas penas podem ir até ao despedimento, como já aconteceu noutro caso ocorrido nas piscinas municipais. Em Outubro de 2005 uma funcionária da empresa municipal de desporto (Aldesp) foi acusada de se ter apropriado de cerca de dez mil euros das piscinas municipais da cidade. O caso foi comunicado à Polícia Judiciária e o processo está nas mãos do Ministério Público do Tribunal de Almeirim, referiu Sousa Gomes. Paralelamente, a autarquia instaurou um processo disciplinar que demorou 30 dias e culminou com a pena de despedimento da trabalhadora por justa causa. Na altura o instrutor do processo considerou provado que a funcionária recebia as quantias dos utentes das piscinas, registava-as nas folhas de caixa, mas depois ficava com o dinheiro e não o depositava no banco em conta própria criada para o efeito. Este caso foi detectado pela empresa Figueiredo & Lopes, de Almeirim, que fazia a contabilidade da empresa municipal, e que verificou a falta do dinheiro no fecho das contas de 2004. A funcionária da Aldesp, com contrato a termo certo (vulgarmente conhecido por contrato a prazo), desempenhava as suas funções no balcão de atendimento das piscinas e, para além das tarefas administrativas e prestação de informações, procedia também à cobrança das taxas de utilização das piscinas.

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