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Porcas criadeiras à solta causam danos em Samora Correia

Porcas criadeiras à solta causam danos em Samora Correia

Moradores de Arados reclamam que os animais sejam presos e vigiados pelos donos

As porcas que estragam hortas e jardins em Samora Correia, Benavente, estão a deixar impacientes os vizinhos.As duas moradoras garantem que apenas querem que os animais estejam presos e vigiados “como deve ser” e não andem à solta.

Os habitantes de Arados, Samora Correia, concelho de Benavente, queixam-se que as porcas criadeiras que andam à solta pela localidade estão a estragar os jardins e hortas. A situação já dura há dois meses e está a deixar a população impaciente.No domingo, dia 29 de Junho, Irene Sousa chegou a casa e viu uma vez mais o seu pequeno jardim “todo revirado”. Flores partidas e caminho de pedras destruído eram os sinais evidentes da passagem dos animais. “Assim que o sol começa a raiar elas começam a passear. Estão aqui sempre por volta das seis da manhã, explica a moradora. Os animais vêm da casa de um vizinho ao lado, que nunca os prende. “O meu filho até já desanimou de fazer aqui uma horta, porque conforme faz é tudo destruído”, conta.Manuela Serras viu também recentemente uma piscina insuflável da sua filha ser destruída pela passagem dos animais – “quatro e cinco porcas com uma média de dez leitões cada uma”, como quantifica Irene Sousa. Manuela Serras teme também pela segurança da filha de quatro anos. “A gente não faz mais nada a não ser andar a espreitar os porcos durante o dia inteiro. Eles vêm para aqui e não podemos ter aqui nada”, lamenta.As duas moradoras garantem que apenas querem que os animais estejam presos e vigiados “como deve ser” e não andem à solta. “Se não têm condições para os ter, não os tenham”, remata Irene Sousa. Para tentar resolver a situação, a moradora já contactou várias vezes a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Samora Correia, e apresentou uma queixa formal. Lamenta que nada tenha sido feito. “Eles dizem-me que já estiveram cá e os animais estavam todos presos”, explica. “Um dos agentes que me atendeu estava a dizer que eu é que tinha que vedar isto, que só assim é que resolvia a questão. Será que sou eu que tenho que vedar ou são eles que têm que fechar os animais?”, questiona. “A GNR diz que não pode fazer nada, eu não sei a quem me dirigir”, confessa.A moradora também já contactou a Divisão de Intervenção Veterinária do Ribatejo, da Direcção de Serviços Veterinários da Direcção de Lisboa e Vale do Tejo, pertencente à Direcção Geral de Veterinária, para a qual deverá enviar uma queixa em carta registada. A chefe da Divisão, Susana Costa, explicou a O MIRANTE que sempre que recebe uma queixa a entidade vai até ao local verificar as situações. Caso o dono dos animais não possua marca de exploração, os animais poderão ser apreendidos e pode ser aplicada uma multa. “As nossas competências têm a ver com o bem-estar dos animais e se o local cumpre ou não a legislação em vigor”, explica. As outras questões têm que ser tratadas com a GNR. O MIRANTE tentou contactar o dono dos animais para tentar obter esclarecimentos, o que não foi possível até ao fecho desta edição.
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