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Plano de ordenamento da barragem de Magos a marcar passo

Plano de ordenamento da barragem de Magos a marcar passo

Projecto para o espaço foi concluído em 2006 mas ainda não houve qualquer obra

Enquanto o plano de ordenamento da barragem de Magos não estiver implementado no terreno a albufeira, que está interdita a banhos por má qualidade da água, vai-se degradando.

O plano de ordenamento da albufeira de Magos, em Salvaterra de Magos, já foi concluído há quase dois anos, mas até à data não foi realizada qualquer obra no local. A barragem tem potencialidades turísticas mas está interdita a banhos e desportos náuticos devido à má qualidade da água. O plano, entregue ao Instituto da Água, aconselha em primeiro lugar a tomada de medidas com vista a evitar a contaminação das águas por cianobactérias e o aumento da fiscalização na área contra a poluição e a destruição da flora existente. Este plano terminado a 20 de Setembro de 2006 teve origem numa resolução do Conselho de Ministros de 2001 (nº 135/2001 de 23 de Agosto) na qual se refere que “é necessário fixar os usos e o regime de gestão compatíveis com a utilização sustentável dos recursos hídricos”. Por se tratar de um plano especial de ordenamento do território, estabelece o documento que com ele se devem conformar os planos municipais e intermunicipais existentes, bem como os programas e projectos para a sua área de intervenção, vinculando entidades públicas e privadas. Quem percorre as margens da barragem verifica o estado de abandono a que esta está votada. Muitos dos caminhos estão destruídos por motos e jipes que usam a zona para fazer desportos todo-o-terreno. A água tem um aspecto sujo e até os pescadores de recreio que aos fins-de-semana param pela zona se queixam da falta de peixe e das cada vez piores condições de circulação na área envolvente à albufeira. Para acabar com situações dessas era preciso que se implementasse o plano rapidamente porque quanto mais tempo passar mais degradado fica o local em que as águas têm como finalidade a rega dos campos, além da sua vocação turística. Estabelece o plano que prioritariamente se faça a dragagem de sedimentos no leito da albufeira e se minimizem as descargas de águas residuais para o local. Chega-se a propor a formação dos agricultores e uma forte fiscalização das boas práticas agrícolas, proibindo-se a aplicação de fertilizantes e produtos químicos numa determinada faixa em redor da barragem. Além de medidas mais drásticas como a desactivação de uma suinicultura localizada a 800 metros da albufeira e a implementação de sistemas de tratamento adequados dos esgotos domésticos dos aglomerados populacionais envolventes. Para melhorar as condições de utilização pelas pessoas prevê-se a instalação de um posto de acostagem em material flutuante e a navegação em todo o plano de água, excepto na zona indicada para protecção da fauna. Refere-se que a circulação abusiva de veículos todo-o-terreno deverá ser controlada através da fiscalização e da aposta na informação e sugere-se a reabilitação de caminhos que permitam a circulação a pé ou de bicicleta em volta do plano de água. Está prevista ainda a instalação de dois parques de merendas e o condicionamento da actividade de caça numa faixa de 300 metros em torno da albufeira.
Plano de ordenamento da barragem de Magos a marcar passo

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