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RTP decidiu não transmitir Corrida TV Lezíria por precaução

RTP decidiu não transmitir Corrida TV Lezíria por precaução

Tribunal não aceitou providência cautelar da associação Animal

Aficionados criticam a decisão da RTP e Maria da Luz Rosinha lembra que os tribunais tomaram duas decisões diferentes para situações idênticas em menos de um mês.

O Tribunal Civil de Lisboa indeferiu uma providência cautelar apresentada pela Associação Animal para impedir a transmissão em directo da corrida de toiros no domingo, 6 de Julho, em Vila Franca de Xira, mas a RTP decidiu não transmitir o espectáculo em directo. “Seria bom que a corrida fosse vista por milhões de portugueses porque foi um bom espectáculo e uma boa promoção da festa e de Vila Franca”, referiu a O MIRANTE a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha. O MIRANTE apurou que a televisão pública não fará transmissões de corridas antes das 22h30 enquanto a questão não for devidamente esclarecida. Em curso está uma acção principal de processo interposta pela associação de defesa dos animais que considera o espectáculo violento para ser mostrado em horário livre. A edil de Vila Franca considera exagerada a posição da associação Animal.“Um dia destes vamos ter uma providência cautelar posta por um grupo de cidadãos a proibir a exibição do Telejornal onde passam imagens violentas e perturbadoras do normal desenvolvimento das crianças e as televisões suspendem os noticiários”, ironiza a autarca.A decisão do juiz da 2ª Secção da 6ª Vara do Tribunal Civil de Lisboa foi no sentido contrário à do magistrado que analisou a providência cautelar que proibiu a transmissão da corrida em Santarém no dia 8 de Junho. Na altura, o presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores, referiu tratar-se de “uma idiotice que tem a ver com beatice e com fundamentalismos”. Enquanto a associação Animal cantou vitória e considerou a decisão do tribunal “notável”. Desta vez o juiz indeferiu a pretensão da associação e viabilizou a transmissão da corrida o que não se concretizou.“Compreendo a posição da direcção de programas da RTP que quer ver esclarecida esta situação porque tivemos duas decisões distintas dos tribunais no espaço de um mês”, adiantou a presidente da câmara.Maria da Luz Rosinha elogia a decisão do juiz que “demonstra claramente” que não aceita os argumentos da Associação Animal. “A protecção dos animais não se faz proibindo a transmissão da corrida. Não podemos continuar a sacrificar milhares de pessoas porque um grupo de pessoas faz barulho na procura de protagonismo fácil”, disse numa crítica à associação. A presidente da câmara, que integra a secção dos municípios com actividades taurinas na Associação Nacional de Municípios Portugueses, adiantou que está a ser criada uma plataforma que envolve várias entidades e que pretende tomar uma posição firme na defesa da festa.
RTP decidiu não transmitir Corrida TV Lezíria por precaução

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