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Meter água

A direcção de um grupo que em tempos foi a CULT decidiu promover um foguetório e, a propósito de uma candidatura aprovada em Bruxelas, explicada aos jornalistas pela rama mas evitada de ser explicitada no que respeita às exigências impostas, mais uma vez decidiu embirrar com a Câmara de Santarém, ou, melhor dizendo, comigo. Autista e analfabeto são os piropos que me chamam por não ficar de joelhos perante o seu Deus maior, o seu administrador executivo, escravo de caciques incapaz de um acto de gestão intermunicipal, sério e equilibrado. Vieram, mais uma vez, chover no molhado. Não foi uma conferência, foi uma tontice. Agitaram 7 milhões de euros que tiraram a Santarém, com um golpe sujo e medíocre, próprio de gente degradada moral e politicamente, como se fosse a bandeirinha de todas as vitórias. E eles que são incapazes mas não são parvos, sabem que esses 7 milhões seria um roubo a Santarém. Para fins inconfessáveis, para negócios cinzentos. O que eles não contam, nem podem contar, é que nem daqui por um ano as Águas do Ribatejo estarão a funcionar. O que eles sabem, mas calam, é que as Águas de Santarém estão a funcionar, em vésperas de entrarem 15 milhões de euros, candidata a fundos que chegam aos 20 milhões.A verdade insofismável é que sob a batuta de um admnistrador executivo sem outra qualidade que não seja servo dos seus senhores, perante chefes cuja decadência é confrangedora, já nem se percebe se a CULT são as Águas do Ribatejo ou vice-versa. A clique dirigente de ofícios particulares tem vindo a destruir, a desprestigiar, a degradar uma associação de municípios que se queria forte. É a crueza da própria história que os mata: o caciquismo gere poderes mas não serve as populações.Santarém pagou os projectos que a CULT controlava. Foi imposto o mesmo ao Cartaxo. E os sete municípios das Águas do Ribatejo pagaram? Não. Nem pagarão, pesem todas as declarações solenes que vão fazer em sentido contrário. Também eram solenes as proclamações em torno de um concurso viciado, cozinhado previamente, e sabia-se da marosca que o seu servo de estimação lhe metera nas entranhas.Santarém e Cartaxo são quase metade da CULT em termos de população. Só isto diz bem o quilate moral, ético e político de quem transforma esse executivo na perseguição a metade de gente que os atura, e ainda por cima, lhes pedem seriedade.Devido às negociações das compensações OTA-Alcochete tenho passado muitos dias e muitas horas na Associação de Municípios do Oeste. Um sítio bem frequentado, de grandes autarcas, de administradores executivos ao serviço de todos e não apenas dos seus patrões dirigentes. Gente de outra dimensão. É um prazer enorme trabalhar com eles. Quando se procura perceber as razões que desenvolvem rapidamente o Oeste e vemos a Lezíria a passo de caracol, basta assistir às reuniões da CULT e da AMO. E depois logo se perceberá quem é autista e ignorante.Francisco Moita Flores

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