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Família de Foros de Salvaterra precisa de ajuda para acabar de reconstruir casa

Família de Foros de Salvaterra precisa de ajuda para acabar de reconstruir casa

Comissão de Protecção de Crianças e Jovens retirou os três filhos menores ao casal por falta de condições de habitabilidade

Voluntários lançam apelo para que lhes seja cedido material de construção para continuarem a obra a bom ritmo.

O grupo de voluntários de Foros de Salvaterra que se mobilizou para ajudar a reconstruir a nova habitação de Marília Batista e Joaquim Manuel conseguiu, em apenas dois fins-de-semana, reabilitar mais de metade da casa e acredita que as obras podem ficar concluídas dentro de três ou quatro semanas. O único problema é que começam a faltar materiais de construção para dar continuidade a este projecto de solidariedade. Recorde-se que a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Salvaterra de Magos retirou os três filhos menores ao casal, na madrugada de 20 de Junho, por volta das duas da manhã debaixo de um grande aparato policial. Falta de condições de habitabilidade foi a razão invocada para a drástica decisão. Os voluntários pedem auxílio a todos aqueles que, de alguma forma, possam disponibilizar ou ceder materiais de construção. O grupo necessita sobretudo de cimento, telhas e vigas para concluir a obra que tem decorrido a bom ritmo.No domingo, dia em que passou um mês desde que os três filhos do casal foram levados de casa dos pais por ordem da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, de Salvaterra de Magos, O MIRANTE esteve no local e encontrou a construção bastante avançada. As paredes estão levantadas. Falta colocar a placa, o telhado, o chão e os acabamentos. O pedreiro faltou mas nem por isso as obras pararam. A manhã de domingo estava cinzenta e fresca o que facilitou o trabalho dos voluntários que garantem ter cada vez mais força e entusiasmo para terminarem a obra o mais breve possível.“O mais benéfico para as crianças seria elas voltarem para casa uma vez que já estão saturadas de estar no centro de acolhimento. Quando falamos com elas ao telefone e perguntamos se está tudo bem respondem-nos prontamente que não. Sentem-se fechadas e afirmam que querem voltar o mais breve possível para casa”, afirma Jorge Monteiro, professor de Shorinji Kempo de Tatiana e Filipe.Situação confirmada pela mãe das crianças. Em conversa com O MIRANTE, Marília diz que os filhos já sabem que a casa está em construção e fizeram um único pedido: que os seus quartos sejam pintados com as suas cores preferidas. Rosa para Tatiana e Soraia e azul para Filipe. Marília Batista contou ainda que na última vez que visitou os filhos eles não pararam de chorar e de perguntar quando a casa está pronta. “Estão ansiosos para que a casa fique concluída. Falo todos os dias ao telefone com a minha filha mais velha e, todos os dias, ela pergunta pela casa. Noto que estão saturados de estarem longe da família. Nunca estivemos tanto tempo afastados. É uma situação muito complicada de gerir”, conta a mãe, angustiada.Os voluntários destacam o apoio que têm tido por parte dos empresários de Foros de Salvaterra que têm disponibilizado materiais de construção para avançar com a obra. Nesse apoio destacam-se os atletas da Associação Shorinji Kempo do concelho de Salvaterra de Magos. São eles que durante a semana se deslocam pessoalmente às empresas da região e pedem ajuda para conseguirem levar avante este projecto. “As pessoas têm ajudado de diversas formas. Um empresário do ramo da construção civil disponibilizou-se para fazer o chão. Comprometeu-se a enviar alguns funcionários para fazer o pavimento. Tudo gratuitamente. Além dos materiais de construção já ofereceram um fogão, mesas, cortinados, candeeiros e até mobília para um dos quartos. Tem havido uma enorme onda de solidariedade à volta desta família. Talvez porque percebam que as coisas não foram tratadas da melhor forma”, explica Jorge Monteiro, responsável da Associação de Shorinji Kempo do concelho de Salvaterra de Magos.
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