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Utilizadores da estação de Castanheira do Ribatejo queixam-se de insegurança

Utilizadores da estação de Castanheira do Ribatejo queixam-se de insegurança

Espaço foi inaugurado há dois anos e os sinais de degradação são já notórios

Os utentes da estação de comboios da Castanheira do Ribatejo estão preocupados com o clima de insegurança e descontentes com a falta de limpeza.

A estação de comboios de Castanheira do Ribatejo foi inaugurada em Dezembro de 2005, mas já parece “uma infra-estrutura degradada da linha de Sintra”, queixam-se os utilizadores. Os utentes lamentam que o espaço, que serve a linha da Azambuja, esteja a ser alvo constante de acções criminosas. Tal como O MIRANTE constatou, a estação está repleta de graffitis. Desde as bocas de incêndio, passando pelas escadas rolantes, máquina de bilhetes, bancos e até nos semáforos que auxiliam o tráfego ferroviário, mesmo junto à linha. A sinalética que mostra os horários também está coberta de “tags” (pequenos graffitis semelhantes a uma assinatura). Alguns locais mais recônditos da estação foram transformados em casas de banho públicos onde o cheiro é quase insuportável. As críticas dos passageiros surgem naturalmente à passagem do jornalista. A maioria reclama a presença de um vigilante e melhor limpeza. Diz quem aqui aguarda pelo comboio que algumas escadas rolantes são propositadamente desligadas por delinquentes, obrigando os passageiros a subir a pé. “Já não é a primeira vez que o fazem. Uns dias as escadas funcionam, outros nem por isso. Isto está um caos”, lamenta um casal de idosos, esforçando-se por subir as escadas. “O elevador hoje também não está a funcionar…”, dizem.Com excepção das horas de ponta, em que se regista um claro pico de movimento, a estação está quase sempre mergulhada em solidão. Os poucos passageiros juntam-se em pequenos grupos para estarem mais protegidos. Um rápido olhar em volta não permite descobrir quaisquer câmaras de videovigilância, apenas detectores de fumo. A casa de banho do rés-do-chão ainda se encontra em construção e a prevista abertura de lojas e bares também ainda não aconteceu. As bilheteiras nunca foram ocupadas por um funcionário e a venda é feita por uma máquina que nem sempre funciona. “Umas vezes dá bilhetes e não dá troco, noutras alturas “come” o dinheiro e não dá bilhete… é preciso ter sorte”, refere a O MIRANTE Marco Costa, passageiro.Há quem chegue mesmo em cima da hora da partida para não ficar aqui sozinha. “Tenho medo, é muito perigoso, sobretudo a partir das 19h00. Mesmo quando chego do trabalho vou sempre em ritmo de corrida para o carro porque, às vezes, juntam-se aqui grupos de indivíduos com muito mau aspecto”, queixa-se uma utilizadora sem abrandar o passo.Outro passageiro, Alfredo Horta, informático, que usa os comboios como meio de transporte há mais de 10 anos, diz que nunca teve tanto medo como agora. “Já tenho receio de andar com o portátil atrás, já ouvi relatos de assaltos aqui na estação”, argumenta. Uma situação confirmada por David Alexandre. “No início do ano um rapaz que conheço, que estava à espera do comboio aqui na plataforma, foi assaltado por volta das seis da tarde. Ficou sem o telemóvel, a carteira e o MP3…”, recorda. A falta de limpeza é também para muitos utilizadores da linha, uma séria preocupação. “Disseram-me que a limpeza era semanal mas olhando para o que aqui se passa não sei se isso será verdade”, queixa-se outra utente.O mesmo aconteceu com a Refer A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira admite que a estação da Castanheira do Ribatejo apresenta diversos problemas ao nível da conclusão de infra-estruturas, manutenção e vigilância do local. A autarquia garante que já foram estabelecidos vários contactos junto da REFER, entidade que tutela o espaço e que é responsável pela intervenção e conservação do mesmo. A autarquia promete continuar a acompanhar o assunto e a manter contactos com a empresa..
Utilizadores da estação de Castanheira do Ribatejo queixam-se de insegurança

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