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Cedência de barco varino “Liberdade” a empresa privada está encalhada

Cedência de barco varino “Liberdade” a empresa privada está encalhada

CDU acusa a maioria PS em Vila Franca de fazer “mercantilismo cultural”

O barco adquirido pela câmara há 20 anos transporta consigo um pequeno museu e é um raro exemplo duma embarcação recuperada e mantida por um município.

Foi adiada a aprovação do protocolo que vai viabilizar a concessão do barco varino, propriedade municipal, a uma empresa privada que pretende levar turistas a Vila Franca de Xira e mostrar-lhe o património turístico do concelho. A CDU manifestou-se contra a intenção da maioria socialista que acusou de estar a fazer “mercantilismo cultural” ao ceder o barco Varino à empresa Margem Virtual, Unipessoal, Lda.“É uma solução mais conveniente para o interesse privado que para o interesse público”, alegam os eleitos da CDU que sustentam que o valor a pagar pela empresa (2,5 euros por utente) é muito inferior à taxa prevista no regulamento municipal. A utilização do barco durante uma manhã custa 498,40 euros para uma lotação máxima de 40 pessoas. Se a lotação esgotar, o preço médio por pessoa é de 10,21 euros, mais do dobro do valor previsto na proposta de protocolo com a empresa Margem Virtual. “A mais valia ficará para o privado à custa do erário público”, acrescentam os vereadores comunistas.A presidente Maria da Luz Rosinha (PS) não percebe o receio que a CDU tem “de tudo o que seja privado”. Carlos Coutinho garante que os eleitos comunistas “não têm preconceitos contra os privados, mas recusam a política do ‘vale tudo’ ”.A edil garante que a proposta será vantajosa para o município porque a empresa vai promover o turismo no concelho e cativar um leque de potenciais visitantes dos equipamentos e património cultural do município. “Temos de fazer um investimento na promoção da cidade e do concelho”, acrescentou. O vereador da Coligação Mudar Vila Franca, Rui Rei pediu mais duas semanas para estudar melhor o processo. O autarca social-democrata adiantou, contudo, que não tem problemas em aceitar o envolvimento de um privado neste negócio desde que seja uma mais valia para dinamizar o barco municipal que transporta consigo um pequeno museu.A presidente solicitou à directora do departamento responsável pelo barco, Maria João Carraça, que elabore um documento mais pormenorizado sobre as vantagens do protocolo que será presente à próxima reunião do executivo. Maria da Luz Rosinha lembrou que o envolvimento de privados com municípios em parcerias na área cultural é uma prática bem sucedida nos países mais desenvolvidos da Europa. “E Vila Franca deve aprender com os bons exemplos.”, concluiu.
Cedência de barco varino “Liberdade” a empresa privada está encalhada

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