Utentes da estação da Póvoa de Santa Iria criticam falta de estacionamento
Horários dos autocarros são incompatíveis para maioria das pessoas
A maioria dos utentes da estação da Póvoa de Santa Iria desloca-se de carro para a estação porque os horários dos autocarros não são compatíveis. Arranjar lugar para o carro é uma autêntica dor de cabeça.
É de manhã que começam os problemas dos utentes da estação de comboios da Póvoa de Santa Iria. A maioria desloca-se até ao terminal de carro porque não consegue conciliar os horários dos autocarros com os do comboio.Os utentes do Forte da Casa estão entre os mais prejudicados. Quando chegam à estação, os escassos lugares de estacionamento estão quase sempre ocupados por moradores da zona. Isso leva a que muitos condutores, na pressa de apanhar o comboio, deixem os automóveis parados em segunda fila, a bloquear portões e até em cima de passadeiras.Um parque de estacionamento foi construído no local, mas sofreu uma diminuição aquando da construção do Bairro dos Avieiros. Os utentes da estação reclamam mais estacionamentos e ligações com os autocarros.“O maior problema que encontro quando trago o carro é estacionar. As pessoas que aqui moram à volta bloqueiam espaços e impedem que outros lá deixem o carro, como acontece com um restaurante aqui perto”, queixa-se Maria Gonçalves. Outro passageiro, Justino Oliveira, considera que as áreas junto à estação, cheias de caniços, poderiam ser aproveitadas como parques temporários.O presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria explica que todo o espaço envolvente à estação é propriedade privada. Jorge Ribeiro refere que a autarquia está a contactar os proprietários dos terrenos no sentido de poderem ser efectuadas limpezas no local de forma a permitir a expansão dos lugares de estacionamento actualmente existentes. “Relativamente ao espaço ocupado pelo restaurante existente na zona, que tem levantado muitos protestos, a junta não pode intervir porque o espaço é privado. Estamos solidários com as pessoas, percebemos os seus problemas e podemos assegurar que estamos a fazer o nosso melhor para resolver a situação. Estamos a desenvolver um projecto para melhorar a carreira urbana da cidade, de forma a torná-la mais regular e disponível”, revela o autarca. A escassez de transportes públicos rodoviários é uma das razões apontadas para o excesso de automóveis na zona. O último autocarro da estação para o Forte da Casa, por exemplo, arranca por volta das 20h00. “Para mim não serve. Só chego depois das 21h00. Às vezes os comboios atrasam-se 15 minutos e nós quando chegamos os autocarros já partiram e temos de chamar um táxi, o que não sai barato”, queixam-se. Os abrigos não têm condições para acolher os utentes. Quando chove não há qualquer protecção e nas horas de calor é insuportável e o sol bate em chapa. “Muitas vezes temos de procurar sombras longe da paragem porque ninguém lá consegue parar. É horrível”, descreve uma passageira a O MIRANTE.Em Junho os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia do Forte da Casa apresentaram uma recomendação ao executivo no sentido de tornar “prioritário o arranjo de espaços para estacionamento” tendo em conta as dificuldades dos moradores da freguesia que se deslocam de comboio. Isto até que seja construído o novo terminal rodo-ferroviário, que estava inicialmente previsto para 2006, mas que ainda não viu a luz do dia. O presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria, Jorge Ribeiro, adiantou que tem havido muita burocracia no projecto, limitando-se a dizer que a situação “está bem encaminhada”.
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