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O socialista Vítor Barros

Há gestores públicos que não enxergam. Vítor Barros, presidente da Companhia das Lezírias, é um deles. O MIRANTE soube que existe um clima de intimidação na empresa, porque alguém quer saber quem fez chegar a O MIRANTE a informação de que os administradores receberam prémios que respeitam a dividendos sobre os lucros.A notícia tem duas semanas mas voltamos à carga nesta edição porque afinal os dividendos são muitos maiores do que nos tinha sido informado. Em nenhuma situação conseguimos pôr o administrador a contar a verdade. Não está em causa o facto de Vítor Barros receber este ano, por junto, mais do que a soma dos vencimentos do primeiro-ministro e do Presidente da República portuguesa. O que está em causa é este secretismo à volta das remunerações dos gestores públicos.Quem é que tem interesse em esconder os verdadeiros vencimentos e regalias dos gestores públicos? Vítor Barros não devia ser. Ao primeiro telefonema de O MIRANTE o gestor devia por as cartas na mesa. Quem não deve não teme. Se não está a receber dividendos pela porta do cavalo porquê obrigar os jornalistas a produzirem informação com fontes anónimas e cheias de medo de retaliações? Se Vítor Barros acha que está a fazer um bom trabalho e entende que merece cinquenta mil euros de dividendos porquê esconder dos jornalistas?O Partido Socialista de Vítor Barros não é o mesmo de José Sócrates? Se um diz uma coisa, porque é que o outro faz exactamente o contrário?Não acredito que seja assim tanto, e tão grande, o clima de intimidação que dizem haver neste momento na Companhia das Lezírias ao procurarem saber quem deu a O MIRANTE a informação da distribuição de dividendos. Se for verdade é uma vergonha para o Partido Socialista e para o Governo de José Sócrates. Vou mais longe no meu raciocínio: não acredito que o primeiro-ministro, ou até o ministro das Finanças, saibam desta distribuição de dividendos. Se soubessem mandavam cortar, no mínimo, uma pequena percentagem, a exemplo do que se faz actualmente com os subsídios para a agricultura que atinge a grande maioria dos agricultores portugueses. JAE

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