uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Sector da construção continua à espera dos investimentos prometidos pelo Governo

Federação do sector critica atraso no início de obras que já foram postas a concurso
O sector da construção continua à espera do novo fôlego de investimentos prometido pelo Governo para sair da crise, lamentou hoje o presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP). Comentando à Lusa os indicadores do INE, divulgados sexta-feira, que estimam uma desaceleração no segundo trimestre das novas encomendas ao sector, Reis Campos frisou que "é necessário adjudicar concursos e não apenas abri-los"."Não faz sentido que se abram concursos e depois demorem à sua concretização ou não se concretizem. O Governo não pode eternizar este tipo de investimentos", disse. O segmento que mais contribuiu para esta desaceleração das novas encomendas à indústria foi o das obras de engenharia, conforme referem os dados do INE, salientou. "Este sector tem um grande potencial de crescimento e o Governo já reconheceu que o país precisa dele para arrancar", sustentou Reis Campos. No entanto, afirmou, apesar dos anúncios do Governo de investimentos nos mais diversos sectores, a construção "continua à espera de um novo ciclo de investimentos" que está a tardar a acontecer. Os projectos no âmbito do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional (2007-2013) são disso exemplo, referiu Reis Campos, afirmando que se os investimentos não arrancarem, "nem vão ser cumpridas as metas do QREN, nem o Governo conseguirá arrancar o país". As novas encomendas na construção e obras públicas caíram 3,1 por cento no segundo trimestre, face a igual período do ano passado, reflectindo a desaceleração do segmento 'Obras de Engenharia'. Os números do Instituto Nacional de Estatística indicam que, depois de terem aumentado 11,5 por cento de Janeiro a Março, as novas encomendas na construção e obras públicas caíram 13,7 por cento no segundo trimestre, face ao anterior.A variação média anual foi negativa em 2,6 por cento.De acordo com os dados da FEPICOP, a produção do sector da construção deverá ter caído 0,5 por cento no trimestre terminado em Agosto, impulsionada por uma conjuntura desfavorável que condiciona o investimento em habitação.

Mais Notícias

    A carregar...