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Aumento dos salário nas reivindicações da CGTP

Um aumento real dos salários de dois por cento e a criação de dois novos escalões de IRS de 43 e 45 por cento são algumas das reivindicações que vão marcar o próximo ano de luta da CGTP.“Considerámos que deve haver uma melhoria real dos salários em dois pontos percentuais, ou seja, é preciso que os salários cresçam acima da inflação que se verifica de dois por cento”, defendeu esta semana o secretário-geral da intersindical CGTP, Carvalho da Silva, na conferência de imprensa que marcou a rentrée sindical deste sindicato.O aumento real dos salários é apenas uma das muitas reivindicações que vão marcar o próximo ano de luta da intersindical. A CGTP exigiu ainda que, em relação ao salário mínimo, sejam cumpridas as promessas, sem “contrapartidas especiais” feitas pelo governo para 2009 - estando previsto que em Janeiro do próximo ano este se fixe em 450 euros -, e propôs uma evolução progressiva do salário mínimo, tendo em vista uma meta estabelecida pela intersindical. “Nós o que propomos é uma evolução progressiva do salário mínimo nacional de forma a atingir-se o valor de 600 euros em 2013”, adiantou Carvalho da Silva.Esta proposta prevê um aumento em apenas dois anos de 100 euros, já que o que está previsto actualmente é que em 2011 o salário mínimo se fixe em 500 euros. O sindicalista justifica esta proposta com a necessidade de ter um salário mínimo que cresça mais que a média dos salários, e que devolva aos portugueses o poder de compra, e com a necessidade de equiparar os rendimentos portugueses aos dos países com os quais Portugal mantém relações económicas, dando como exemplo o caso espanhol. Outra das propostas é a criação de dois novos escalões de IRS, de 43 e 45 por cento, aplicáveis aos níveis de rendimento mais elevados.“Propomos a criação de dois novos escalões para o IRS. Hoje o escalão limite é de 42 por cento, nós propomos a criação de um escalão de 43 por cento e outro de 45 por cento, mas tomamos as devidas medidas para que se atinja apenas rendimentos muito altos”, explicou Carvalho da Silva.A CGTP propõe que, rendimentos colectáveis entre os 62.545 euros e os 90 mil euros, se aplique uma taxa de 42 por cento, para rendimentos entre os 90 mil euros e os 250 mil euros uma taxa de 43 por cento e para rendimentos superiores a 250 mil euros uma taxa de 45 por cento. “Estas medidas que apontámos em relação à fiscalidade são umas coisinhas poucas, mas poderiam representar 300 milhões de euros e 300 milhões de euros numa política salarial mais justa dá para compensar muita gente que ganha pouco”, afirmou o secretário-geral da CGTP.

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