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Família Ribeiro Telles saiu em ombros do Campo Pequeno

Corrida de alternativa de João Ribeiro Telles júnior. com casa cheia

Mestre David, 81 anos, apresentou-se a cavalo em praça com uma postura irrepreensível ao lado dos seus filhos João e António e dos netos Manuel e João jr.. Foi uma das noites mais emotivas do Campo Pequeno.

A corrida de alternativa de João Ribeiro Telles jr., na quinta-feira na noite de 4 de Setembro no Campo Pequeno, foi verdadeiramente apoteótica. A família Ribeiro Telles saiu em ombros no final duma corrida onde Mestre David Ribeiro Telles acompanhou a alternativa do neto que teve como padrinho de alternativa o seu pai João Ribeiro Telles.A monumental de Lisboa esgotou para ver a família Ribeiro Telles, encabeçada pelo patriarca, Mestre David, que aos 81 anos se apresentou a cavalo em praça, com uma postura irrepreensível na sela, como se de um jovem se tratasse, ao lado dos seus filhos João e António e dos netos Manuel e João jr..Pegaram os grupos de forcados amadores de Santarém e de Coruche e lidaram-se seis toiros da ganadaria Passanha, bem apresentados e colaborantes.Mestre David recebeu das mãos do bandarilheiro António Telles Bastos, seu neto, o primeiro ferro da corrida que passou ao seu filho João Ribeiro Telles, para que este, formalmente, concedesse a alternativa a João Ribeiro Telles Jr, cerimónia que decorreu sob uma interminável ovação.No toiro da cerimónia, João Telles Jr. mostrou toda a classe da sua equitação, desenvoltura e conhecimento dos terrenos para lidar, com mestria, um toiro que, de início andou solto, mas que acabou por se entregar ao cavaleiro, tal como o público que o aplaudiu de pé.João Telles (pai) que pouco tem toureado na presente temporada, surpreendeu pela forma inspirada como lidou o segundo da noite, bregando com suavidade, indo recto à cara do toiro, chegando mesmo a empolgar a assistência na parte final da lide, quando cravou um curto em sorte de violino.António Ribeiro Telles que recebeu o seu toiro em sorte à gaiola, levou a assistência ao rubro ao cravar o terceiro comprido, de poder-a-poder e, a partir daí, cravou uma série de cinco curtos com os quais construiu uma das suas melhores actuações desta temporada.Manuel Ribeiro Telles Bastos andou igualmente inspirado, recreando-se na brega e nos adornos à saída das sortes, que consumou de frente e à tira, destacando-se nos ferros curtos, nos quais, ao aliar arte e facilidade fez com que a lide tivesse registado momentos de extremo interesse.O quinto toiro deveria ter sido lidado a duo por João Telles e João Telles Jr., mas o pai cedeu o toiro ao filho que o lidou de forma exuberante, que levantou o público dos assentos por mais de uma vez, e terminou, surpreendentemente, com o cavaleiro a cravar um par de bandarilhas a duas mãos.A lide do sexto começou a duo com António Ribeiro Telles e Manuel Ribeiro Telles Bastos, mas logo se converteu numa lide de “quarteto”, com a entrada dos restantes dois cavaleiros em cena, resultando esta numa verdadeira apoteose pela coordenação de movimentos exibidos.Pegaram de caras, por Santarém, Diogo Sepúlveda, Gonçalo Veloso e, de cernelha Ricardo Tavares e Daniel Romão, enquanto por Coruche as pegas de caras foram executadas por António Macedo, Pedro Crispim e Alberto Simões, que deram, volta com os cavaleiros.

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