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Construtor civil nega “agressão” ao património histórico

A Associação de Estudo e Defesa do Património de Santarém acusa um construtor civil de ter destruído vestígios quinhentistas num edifício demolido para recuperação, mas o empresário refuta, assegurando que todos os elementos de interesse serão incorporados na obra.O presidente da Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Santarém (AEDPHCS), Vasco Serrano, considera a intervenção num edifício no Terreirinho das Flores, junto à Igreja de Marvila, de “escandalosa e grave agressão ao património histórico” da cidade.Martinho do Rosário, responsável da Santécnica, empresa que adquiriu o imóvel em 2007, disse que respeita as posições da AEDPHCS, mas lembrou que o edifício em causa, degradado há vários anos, teve por mais de uma vez como recomendação da autarquia a demolição, pelos riscos que representava para a segurança das pessoas.Confessando-se "incomodado" com a acusação da associação, Leonel Martinho do Rosário, que é eleito da assembleia municipal pelo PS, afirmou que gostaria mais de ter podido contar com sugestões dos seus responsáveis para o projecto que reformulou várias vezes e que, na sua versão final, contou com os pareceres favoráveis do Instituto de Gestão do Património Arqueológico e Arquitectónico (IGESPAR) e do município.Segundo disse, todos os elementos que lhe foram indicados como tendo valor histórico, nomeadamente uma pedra a que é atribuído o estilo manuelino e que já havia sido danificada numa intervenção anterior, foram guardados e serão incorporados na obra.O presidente da AEDPHCS reafirma, em comunicado, a "urgência" da classificação do centro histórico de Santarém "como conjunto" e do estabelecimento de normas para as intervenções num Plano de Pormenor de Salvaguarda, como prevê a lei. Apela ainda ao ministro da Cultura para que "mande proceder a uma sindicância a todo o sistema de análise e aprovação de projectos no centro histórico de Santarém por parte do IGESPAR e do ex-IPPAR" e que "mande criar com carácter de urgência medidas de salvaguarda para o centro histórico" da cidade.

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