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Biografia evoca luta de Mestre Cid contra o analfabetismo

Obra escrita por Everilde de Oliveira Pires e Maria Manuel Simão apresentada no Cartaxo
A luta pela causa do ensino e contra a elevada taxa de analfabetismo é descrita na biografia “Mestre Cid e a Escola do seu Tempo – Cartaxo 1890-1929” que evoca o empenho do professor na então vila do Cartaxo, durante um período politicamente conturbado da história de Portugal. Escrita pelas professoras Everilde Maria de Oliveira Pires e Maria Manuel Simão, a obra foi apresentada dia 17 a culminar o encerramento das comemorações dos 150 anos do nascimento de Mestre Cid. Uma publicação da Câmara do Cartaxo com a parceria da editora Gradiva.Maximino Fernandes Cid nasceu em 1858 no concelho de Tondela. Começou a leccionar o ensino primário com 24 anos e, passados oito anos, candidatou-se à vaga de professor na vila do Cartaxo. Ali exerceu funções a partir de 1890 e até à sua aposentação.“Este professor e cidadão queria mudar mentalidades. Dedicou-se de corpo e alma ao ensino, lutando pelas desigualdades sociais e, de forma mais intensa, pela diminuição da taxa de analfabetismo”, referiu Maria Manuel Simão, para quem Mestre Cid é um homem para além do seu tempo. Por seu turno, Everilde Pires confessa que se interessou mais pela época conturbada em que Mestre Cid exerceu o seu magistério, bem como a documentação que deixou. “Conseguimos perceber as dificuldades que os professores enfrentavam na altura, como por exemplo na implementação da escolaridade obrigatória que, devido à crise política e financeira, estava a ser dificilmente cumprida no Cartaxo e no resto do país”, disse a docente. O vice-presidente da Câmara do Cartaxo, professor de formação, considerou que Mestre Cid foi e continua a ser uma inspiração para todos os docentes. “Foi um homem que não se limitou a exercer as suas funções profissionais, tendo-se preocupado e dedicado também às causas sociais do concelho”, frisou Francisco Casimiro, durante a apresentação. Mestre Cid foi professor durante mais de quatro décadas, tendo continuado a ensinar depois da reforma, sem ser remunerado. Faleceu no Cartaxo com 71 anos de idade.

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