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Associação desafia empresas a adoptarem a sesta como técnica de relaxe

Por que razão não hão-de as grandes empresas juntar às estratégias de relaxe (como massagens ou spas), para renovar as energias dos seus trabalhadores, objectos como pufs, redes ou esteiras que permitam simplesmente… dormir no local de trabalho? A pergunta é feita pelo advogado Prates Miguel, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos da Sesta, que sábado realizou a sua II Conferência Nacional em Alcanena.Acérrimo defensor da prática de dormir meia ou uma hora depois do almoço, como medida essencial para a harmonia dos biorritmos, Prates Miguel disse à agência Lusa que o encontro de sábado visou mostrar que a correria da sociedade actual, sem uma reparadora sesta, tem implicações em áreas vitais das nossas vidas.Com 223 sócios, um deles honorário (o ex-presidente da República Mário Soares) e outro de mérito (o presidente da Câmara Municipal de Estremoz, cidade que acolheu a primeira conferência), a APAS concentra a maioria dos seus sócios nos distritos de Leiria (90), Portalegre (34), Lisboa (23) e Coimbra (22), pelo que Alcanena, junto ao nó de acesso à A1, tem uma "excelente localização"."Queremos que o tema da sesta entre na discussão pública. Hoje temos outros ritmos, mas este deve ser um tema de debate", disse Prates Miguel, sublinhando que a APAS convidou pessoas que "sabem do que estão a falar" porque quer ser uma "corrente de opinião credibilizada".Segundo disse, a associação não quer ir "tão longe" como a China, que em 1949 levou a sesta para a Constituição, mas gostaria que o movimento "se vá espalhando", o que tem vindo a acontecer, também graças à forma como tem sido tratado na comunicação social. O seu propósito, afirmou, é "atirar uma pedrada no charco", com uma preocupação de "rigor", alicerçada em argumentos de "autoridades na matéria"."Antes a associação era objecto de sátira, mas o sarcasmo foi arredado porque ninguém tinha pensado nas vantagens do equilíbrio biológico que a sesta proporciona", afirmou, sublinhando que o assunto deixou já de ser paródia e começa a ser levado a sério.

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