O presidente da Câmara da Chamusca considera que a população da Parreira nunca correu riscos ao consumir água da rede pública com níveis de arsénio superiores aos indicados pela União Europeia. “Isto é como as sardinhas, o azeite e as margarinas. Antigamente faziam mal, agora é aconselhado comer porque faz bem aos colesteróis. A água que se bebia na Parreira não fazia mal a ninguém. Acredito que se viessem aqui uns suecos ou uns belgas, eram capazes de ganhar algumas borbulhas porque nunca beberam água sem ser tratada. Mas as pessoas daqui já se habituaram e desenvolveram defesas contra arsénios e companhia”.Apesar de a Câmara da Chamusca ter encontrado um novo veio com água virgem de químicos nocivos como o arsénio para abastecer a Parreira, solucionando um problema que deixou a população sem consumir água da rede durante um ano, Sérgio Carrinho não abdicou da sua teoria. “Vamos ver se um dia destes ainda nos vêm aconselhar a beber da água antiga porque o arsénio em poucas quantidades até é bom para matar alguns bichos maus. Nem que uma pessoa andasse a beber água com tão baixa percentagem de arsénio durante cem anos ia morrer por causa disso”, afirmou o autarca.