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Já começaram movimentações pela liderança da Comunidade Urbana do Médio Tejo

PSD tem maioria dos municípios e vai apresentar candidato. Socialista António Rodrigues também tem apoios
A luta pela presidência da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CUMT), que vai suceder à comunidade urbana com o mesmo nome, pode não ser pacífica. No ar paira a hipótese de uma disputa entre PSD e PS pela liderança actualmente nas mãos do presidente de Mação, Saldanha Rocha (PSD), cujo município vai abandonar o Médio Tejo por imposição legal para integrar a sub-região do Pinhal Interior Sul.Os cinco autarcas do PSD, partido que detém metade dos municípios do Médio Tejo, têm mantido contactos para concertar estratégias. O nome do presidente da Câmara do Sardoal, Fernando Moleirinho, foi inicialmente ventilado para a liderança da comunidade. O presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa, confirma que houve contactos nesse sentido, mas diz que “a questão não está fechada”. Altas patentes do PSD distrital preferiam ver nesse lugar Corvêlo de Sousa. Até para lhe dar mais visibilidade pensando já na sua candidatura à Câmara de Tomar.O presidente da Câmara do Entroncamento, Jaime Ramos (PSD), é um dos que defende a hipótese Corvêlo de Sousa, embora se pronuncie a título pessoal. Já David Catarino (PSD), presidente da Câmara de Ourém, o município mais populoso do Médio Tejo, confirma apenas que “há diversas abordagens já feitas” e que o nome de Fernando Moleirinho foi uma das possibilidades colocadas, “mas também foram colocadas outras”. O autarca diz que “ainda não é o tempo” para se tomar essa decisão.Outro nome falado como candidato é o do socialista António Rodrigues, presidente da Câmara de Torres Novas e também vice-presidente da CUMT, que se encontra ausente em Timor. Embora o PS só tenha três municípios no Médio Tejo (Abrantes, Barquinha e Torres Novas), há já um apoio externo garantido: o de Luís Azevedo, o independente que preside à Câmara de Alcanena. Mesmo atendendo à actual correlação de forças que dá alguma vantagem ao PSD, entende que “deve encontrar-se a melhor solução para a comunidade”. E essa, na óptica de Luís Azevedo, passa por António Rodrigues, o autarca que tem representado a comunidade urbana nas negociações dos fundos comunitários junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Até por uma questão de continuidade e por só faltar um ano de mandato autárquico.Luís Azevedo diz mesmo que a lógica da maioria falhou ao atribuir a presidência da comunidade urbana ao presidente de Mação quando se sabia que esse concelho seria obrigado a abandonar o Médio Tejo. “Não me parece que o presidente Saldanha Rocha, com todo o respeito que me merece, tenha sido a melhor solução. Tal como agora acho que não tem que ser um presidente que represente a força política que tem a maioria das câmaras do Médio Tejo mas alguém que já esteja preparado para dar continuidade ao trabalho desenvolvido”, alega em abono de António Rodrigues.Jaime Ramos tem opinião diferente e lembra que sempre foi o partido com mais câmaras que indicou o nome para a presidência da associação de municípios. O autarca do Entroncamento considera que a hipótese Rodrigues não faz qualquer sentido e alega que uma disputa pelo lugar seria contraproducente para os interesses da comunidade já que iria causar fricções internas.Outro autarca que pode ter um papel de fiel da balança é António Mendes (CDU), de Constância. Mas para já, sem eleições marcadas nem listas oficializadas, o edil não sabe ainda para que lado vai cair. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, cuja constituição se encontra em curso, vai agregar dez municípios: Tomar, Entroncamento, Ourém, Sardoal e Ferreira do Zêzere (todos do PSD); Abrantes, Barquinha e Torres Novas (todos PS); Alcanena (independentes); Constância (CDU).

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