O deputado João Carlos Gaspar, presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, não vai a julgamento no processo que investigou alegadas irregularidades na administração das empresas públicas Transtejo e Soflusa, ligadas ao sector de transporte fluvial na Área Metropolitana de Lisboa.O magistrado do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) que investigou o caso, que envolvia, além de João Carlos Gaspar, outros elementos dos conselhos de administração daquelas empresas, concluiu que não havia indícios para levar os arguidos a julgamento e proferiu despacho de arquivamento.O deputado disse ter recebido a notícia com naturalidade, mas lamentou os prejuízos causados pela situação que foi espoletada num momento em que tinha graves problemas de saúde que o obrigaram a uma intervenção cirúrgica ao coração.“Apesar da minha tranquilidade de consciência, ditada pela certeza de não ter praticado nada de censurável, a suspeição que sobre mim recaiu, por força dessas notícias, provocou-me, e à minha família, evidente e natural sofrimento”, refere numa nota enviada à nossa redacção. João Carlos Gaspar, 70 anos, vive em Alhandra e é o único deputado do concelho de Vila Franca de Xira na Assembleia da República. Com o arquivamento do processo recuperou a imunidade parlamentar que tinha perdido por causa da investigação.