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Juventude Amizade e Convívio de Alcanena uma potência nacional no andebol feminino

Juventude Amizade e Convívio de Alcanena uma potência nacional no andebol feminino

Um projecto de formação que movimenta quase uma centena de jovens

O JAC - Juventude Amizade e Convívio de Alcanena estava em vias de fechar portas, quando apareceu o projecto do Andebol Feminino. Projecto aceite com força e vontade. O clube renasceu e é hoje uma grande potência na formação feminina do andebol nacional, reconhecida oficialmente em todos os quadrantes e com jovens jogadoras a integrarem normalmente as selecções nacionais.

O JAC – Juventude Amizade e Convívio de Alcanena completou quarenta anos este ano. Uma vida feita de altos e baixos. Durante a maior parte do seu tempo de vida foi sempre um clube de convívio e recriação. Só há cerca de uma dúzia de anos entrou na área de competição. “Quando foi criada a escola de natação apontou-se para a competição, e durante alguns anos representou o clube nas provas da associação. Mas aos poucos foi esvanecendo e hoje continuamos com a escola de natação, mas sem competição”, referiu o presidente do JAC, João Morais.Segundo o presidente da direcção o JAC é um clube com algumas nuances interessantes. Nasceu de forma informal, em 1968, pela mão de um grupo de jovens multifacetado, que gostava sobretudo de conviver, praticando algum desporto, fazendo teatro e organizando convívios. “Foi vivendo, algumas vezes separado da vila, outras vezes bem enraizados. Mas nunca passou de um clube quase informal”.O presidente é bem mais novo que o JAC, por isso tem procurado inteirar-se da história do clube ao longo dos anos e confessa que não tem sido fácil. “Segundo consegui saber, o JAC foi um clube que teve algum peso em Alcanena. Depois do 25 de Abril e em tempo de eleições era habitual os candidatos às autarquias frequentarem a sede, para se mostrarem e fazerem os seus contactos. Hoje isso perdeu-se e o JAC é mais um clube normal”, diz João Morais.O clube tem actualmente cerca de trezentos sócios pagantes. “Já teve muito mais, mas aos poucos o ambiente foi-se degradando, e a crise do associativismo levou a que muita gente tenha deixado de pagar cotas e de frequentar a sede. O clube esteve quase a fechar portas. Foi o andebol que evitou isso. Se não houvesse andebol o clube já tinha acabado”, garante o presidente.Mas o grupo de pessoas que há três anos tomou conta do clube, com João Morais à frente do elenco directivo, tem tentado por todos os meios dinamizar o JAC, e hoje conseguem ter para além do andebol, secções fortes de snoocker e outros desportos recreativos.“No snoocker estamos a disputar um campeonato regional, e estamos bem. Depois temos os jogos de sala, como a sueca, as damas e outros jogos que vão dando alma à nossa sede. Temos bons níveis de participação nos torneios que vamos realizando ao longo do ano”, referiu João Morais.Presidente da direcção há três anos, João Morais tem uma perspectiva optimista do clube. Perspectiva que não evita algumas preocupações quanto ao futuro. “O andebol feminino veio trazer uma alma muito forte ao JAC. Mas veio trazer também problemas acrescidos a nível financeiro e ao nível do número de pessoas que é preciso recrutar para andar com o projecto para diante, e nunca é fácil arranjar pessoas para trabalhar apenas por carolice. É preciso mobilizar mais gente para nos ajudar”, diz em jeito de apelo.A actual direcção é formada por um grupo de pessoas capazes de trabalhar, que luta diariamente para manter a sede em funcionamento e para encontrar financiamentos para o andebol. “Temos conseguido levar a secção por diante com a ajuda de algumas pessoas muito dedicadas à modalidade. As despesas principalmente com as deslocações são muito grandes. Temos contado com a ajuda do ABC, que quando pode nos empresta a sua carrinha. Também o Atlético Alcanenense e a câmara nos emprestam a carrinha. Isto para além da nossa carrinha que anda milhares de quilómetros por ano”.Mas para João Morais o apoio da Câmara Municipal de Alcanena é decisivo para o JAC poder continuar a movimentar todas estas jovens atletas. “Temos o contrato programa com a câmara, um apoio que indiscutivelmente nos deixa margem para manter a actividade. Sem esse apoio não era possível continuar a trabalhar com este nível”.O amor à camisola e a vontade de continuar a trabalhar é muito grande no seio do grupo de carolas encabeçado por João Morais. “Do mais velho ao mais novo estamos motivados para continuar a trabalhar e de certeza que não vamos deixar morrer o clube. E muito menos o andebol feminino, a nossa vontade é continuar e ver o JAC cada vez mais forte. Só precisamos que os alcanenenses nos continuem a apoiar cada vez mais”.
Juventude Amizade e Convívio de Alcanena uma potência nacional no andebol feminino

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